Devo ter sido a ultima a le-lo. Estava na biblioteca do meu kindle há muito tempo, mas a capa e o título não me atraiam. Tomei o livro pela capa-não me julguem. Tento faze-lo cada vez menos com pessoas e situações.A escrita de Carla Madeira é visceral. E a historia, bem narrada, bem estruturada, madura, com um vocabulário simples e complexo ao mesmo tempo, agarra o leitor pela mão - e é quase impossível largar. Todo o livro é um poema.Adorei o açúcar nas palavras, a sensualid (...)
Li a tetralogia num piscar de olhos, como se a vida tivesse deixado de ser interessante sem a ler. Elena Ferrante encerra um encanto indiscritivel, capaz de nos fazer viver noutro país, noutra década, noutra vida. Gostei de todos os seus livros mas a crueza da tetralogia consegue suplantar todos os outros. Uma realidade distante mas ainda tão real. O papel da mulher na sociedade, na casa, na maternidade. Muito pouco mudou. Os livros e a serie conseguem magoar, tocar nos nossos medos (...)
Demorei uma eternidade para acabar porque queria muito que não acabasse. Isabel Allende nunca me desilude. Que relato de vida impressionante, que narrativa tão bonita. Chorei, ri, emocionei-me muitas vezes. Até para o ano Isabel, que nunca te falte a inspiração.
A melhor coisa que me podia ter passado pela cabeça foi ter começado a anotar no telemóvel, todas as dicas de séries, livros, musicas, concertos, etc que vou ouvindo nos podcasts. Vão ser verdadeiramente life savers para os tempos de seca de livros e de séries (muito frequentes para quem não tem televisão).
Na sequència de varias noites de insónia, li "os Dias do abandono" uma das partes da trilogia "Crónicas do mal de amor" de Elena Ferrante, a minha novelista preferida dos últimos tempos. "Os dias do abandono" são um testemunho da queda livre de uma mulher para o desespero, para um lugar onde nada faz sentido, após ter sido abandonada pelo marido, de forma inesperada. Sozinha, profundamente humilhada e com a total responsabilidade dos dois filhos menores, desce ao ponto mais baixo do (...)
Esta noite, interrompi o livro de contos de Záfon para ler um livro recomendado no grupo de leitura de que faço parte no FB, o "Cartas a D. " de André Gorz. Sou uma romantica incurável, fico encantada com historias de amor. "Esta carta é um desnudamento de um eu, de um nós, feito à crua luz da memória." De todo o livro marcou-me a nota final, "nenhum de nós esta preparado para sobreviver ao outro." E assim foi.
Terminei ontem o livro "Mulheres da minha alma" de Isabel Allende. O livro não é a novela apaixonante a que já nos habituou, mas sim um relato pessoal e emotivo do seu percurso no feminismo. Ao longo do seu testemunho, numa vida dedicada às causas da mulher, recorda Paula, a sua filha precocemente falecida (saudades do livro Paula, o unico que me fez chorar compulsivamente. Ás vezes temos que voltar a esses lugares dolorosos, chorar e lavar a alma...), Panchita, sua mãe, e tantas (...)
Estiquei a leitura ao máximo, confesso. Sou fã numero um da Elena Ferrante e da sua escrita crua, real, sem filtros. Não queira que o livro acabasse.Apaixonei-me pela tetralogia na primeira linha e agora "A vida mentirosa dos adultos" não desilude absolutamente nada. Uma vez mais, me convenço de que Elena Ferrante só pode ser uma mulher. Nenhum homem podia descrever de forma tão alucinante, a cabeça das mulheres. E uma vez mais, adorei viajar pelas ruas de Nápoles, da sua (...)
A biografia de Michelle Obama. Leva-nos não só aos detalhes da sua vida, mas também ao interior da casa Branca, descrevendo detalhes da vida da família de um presidente dos Estados Unidos. Peripécias que nenhum de nós imagina. Gostei muito. De uma assentada, os diários 2 e 3 da Rita Ferro. Sempre gostei muito da escrita da Rita, mas desde que fiz o curso de escrita com ela, fiquei a admira-la ainda mais. A escrita de Afonso Cruz não é fácil de digerir e este livro é (...)