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Contos sem nó

As minhas histórias

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27.03.18

Meu querido Nuno


Lila

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Vou recordar-te sempre assim. Com esse sorriso. E lembrar com tanto carinho e com tanta saudade as nossas conversas parvas. Fazíamos dietas, comíamos bolachas de contraplacado, fazíamos dietas outra vez e eu trazia um mil folhas para o escritório para dividirmos. Não há uma única vez que veja um mil folhas que não me lembre desses momentos. Dizia-te que eras um marido de merda mas um amigo e um pai extraordinário. Casaste 4 vezes e continuavas a fazer asneira. A tua filha Ema era o amor mais verdadeiro da tua vida. Talvez o único.

Tenho muitas saudades tuas, meu amigo.

Como colega eras o melhor. Nem sei como vou voltar a entrar na tua sala, no escritório. Não vou conseguir.

Esta puta desta doença foi feroz contigo. Foram dois anos de luta. De uma luta desigual.

Vou recordar-te sempre assim. Com esse sorriso.

Vou ter tantas saudades das nossas conversas parvas. Tantas.

Até sempre, meu querido amigo.

(ainda estou atordoada, que injustiça, que enorme injustiça estarmos privados de ti)