O ano novo
Este ano estou com pouca garra para entrar num ano novo.
Adivinham-se tantos problemas, tantos desafios, tanta crise, que sinceramente, não me apetece saltar para 2012.
Tenho uma agenda linda e nova para estrear.
Tenho uma pasta nova que em ofereceu a minha mana caçula para encher de papelada do trabalho.
Tenho um mês já cheio de coisas e coisinhas planeadas, o mês em que faço anos e por isso também me faz entrar a sério num ano novo da minha vida.
Mas não estou absolutamente nada entusiasmada.
E obrigo-me a pensar que o mais importante de tudo é estarmos juntos e com saúde.
É olhar para o meu filho e vê-lo bem, feliz e saudável, esperto como só ele, amoroso e frenético.
Preciso mesmo de deixar de ter medo do que aí vem e acreditar que vamos ser capazes de dar a volta por cima, apesar de todas as más previsões, apesar de ser difícil, apesar de estar desanimada.
Preciso de acreditar que o amor cura tudo, enfrenta tudo e vai em frente sempre.
Preciso de recuperar a minha alegria de viver e de sentir prazer nas pequenas coisas e agarrar-me a isso, quando o barco entra na tempestade e tudo fica escuro.
Tenho até amanha á noite para me preparar para o receber e dar-lhe luta.