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Contos sem nó

As minhas histórias

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13.04.11

Eu adoro


Lila

Ir a uma aula de danças e ouvir do professor que aquela dança está um bocado reles só porque "a Lila anda a fugir do A."

"A Lila não pode fugir do A.

O vosso corpo tem que ser só um, como fazem na valsa ou no quick step. A Lila não pode esquecer a postura nem ter medo dos passos!

Porque é que o slowfox está esta trampa?"

(Ok, ele não disse nem reles, nem trampa, mas foi o que eu ouvi...O meu professor é um amor, não diz asneiras, mas sim, ralha connosco quando a coisa está ranhosa no que a dançar diz respeito...)

 

Eu passo a explicar:

A Lila anda a fugir do A porque ele a pisou um milhão de vezes neste esquema e não há pés que aguentem levar com o peso do homem e ficar com os dedos em sangue.

Irra.

É que o meu homem dança que só visto, mas se um de nós se descoordena, e se ainda por cima é numa clássica em que estamo sempre colados, pisa-me, e eu que uso sapatos de dança abertos á frente, ás vezes só me falta chorar.

Eu também o piso a ele, mas não queiram comparar os meus 59kg com os 90kg dele.

Há uma pequena diferença.

E ainda por cima, os sapatos dele são fechados.

Catano.

A culpa é sempre minha.

Será porque eu tenho SEMPRE um esquema MUITÍSSIMO mais complicado que o do homem?

Será?

É que as danças de salão são tal e qual como a vida real.

O papel  mais difícil é sempre o da mulher.