Contos sem nó

 Hoje tive direito a jackpot.

Não é todos os dias que isto me acontece, mas hoje, não sei porque obra e graça, lá me saiu a sorte grande.

Eu explico.

De manhã, estive com um dos clientes mais charmosos do mercado de diagnósticos.

O homem não só é bonito, como tem um je ne sais quoi que deixa as mulheres um bocado aparvalhadas.

Eu não sei se é do sotaque madeirense, do estilo "eu sou bom (cientificamente, OK?), mas não estou nem aí", eu não sei, o senhor já não é novo e continua giraço.

E isto pode parecer um bocado pateta, mas há tão poucos, uma pessoa já nem está habituada a ver um homem jeitoso, sem ser demasiado metrossexual, que os que restam, os bonitos ao natural, nós temos que mimar.

E por isso, lá estive um bocadinho a babar, sem ele ver, e a encher a vista, que isto não acontece todos os dias.

E depois, já com o depósito atestado, vou ao ginásio á hora de almoço e quem é que dá a aula de danças hoje????

O professor mais espectacular do planeta.

Assim do tipo do outro, mas em formato desportivo.

O homem transpira sensualidade.

E dança bem.

E é simpático.

Eh, pá, devo ter sido muito boazinha nos últimos dias, Deus está a mimar-me.

Sim, que isto uma mulher é (bem) casada mas não é cega.

E olhar nunca tirou pedaço a ninguém.

E cão que ladra não morde.

Agora só falta chegar a casa e ter o meu maridão lindo á minha espera.