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Contos sem nó

As minhas histórias

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26.02.23

The big 3


Lila

Esta semana , em terapia, falei do peso que a minha relação com as minhas irmãs tem na minha vida. Nem imaginava que me iria emocionar tanto com o This is us e fazer tantas analogias com a nossa relação fraternal. Nem sempre é fácil de gerir, confesso. E se eu achava que mudar a minha vida para o outro lado do mundo me ia tirar algum peso de responsabilidade, me ia fazer estar menos implicada, enganei-me redondamente. As questões, os problemas continuam a existir, continuam a chegar até mim em primeiro lugar, mas agora tenho que lidar com eles e gerir o sentimento de culpa por estar longe. Todas as doenças, todas as discussões, todos os problemas me chegam antes do que a qualquer outra pessoa que está lá perto. Depois ha que gerir tudo a distância.o mesmo se passa com as alegrias , os eventos importantes. Esta ligação, acredito, intensificou-se a este ponto pela perda da minha mãe. O único momento em que fico triste por ter tido apenas um filho é quando penso no que ganhei por ter duas irmãs. E no que teria sido a minha vida sem mãe e sem elas. A minha família são elas, antes de ser esposa e antes de ser mãe. A minha família são elas e os meus pais, ainda que já não tenhamos a presença física da mãe há demasiados anos. Foi esta família que condicionou a minha forma de viver a família que criei. Com tudo de bom e de mau. As minhas irmãs são parte de mim.