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Pessoas, aqui estão 30 graus de dia e 25 de noite. Vou a praia todos os fins-de-semana. Todos os dias vejo pessoas a ver futebol e a petiscar nas esplanadas. Estamos num país muçulmano e o Natal nem vai ser passado cá. Isto, e umas luzinhas que mantenho o ano todo é o máximo que vou fazer. Espírito natalício zero. Talvez quando aterrar e vamos ver.
Filho lavado, toneladas de areia limpas, dei-lhe almoço reforçado e já está a descansar. Vim comer uma salmon poke na varanda e destruí duas espreguiçadeiras. As minhas favoritas. O sol destrói tudo aqui…
Ontem fui para a cama as 7 e meia da tarde. Vi episódios do The Crown e acabei por adormecer. Acordei pronta para a vida a meia-noite!!!! Claro que voltei a ver séries e la adormeci outra vez. Hoje o dia amanheceu luminoso e vim tomar o pequeno-almoço na varanda. Daqui a uns minutos quero estar a ler na piscina. O meu Indiana Johny deve chegar logo a seguir ao almoço. Vou buscá-lo e apanhar os cacos…
Depois de 15 meses a viver fora, a encarar um desafio pessoal e profissional exigente, a gerir isolamento da minha família e dos meus amigos, a gerir ser mãe de um adulto que prepara a saída de casa a curto prazo, a gerir uma relação longa muitas vezes à distância, a gerir a proximidade de uma meia idade tão assustadora para as mulheres… tomei a decisão de começar a fazer terapia. O facto de ter uma coach profissional foi decisivo para ter dado este passo. É este o momento para lidar comigo e com as minhas fragilidades. Não foi fácil admitir. Mas agora, que tomei a decisão, mal posso esperar.
Levantar quando apetecer, beber aquele café e ir para a praia caminhar e ler.
As notícias são poucas, não podem utilizar o telefone durante o dia porque a prova é de orientação. E mesmo a noite, estão ocupados com as tendas, com a comida a ser feita, a conviver. Manda mensagem quando sai e quando chega ao check point. E os pais vão vendo fotos no instagram da escola. Três dias sem tecnologia é um detox fantástico. Devia acontecer mas vezes…para todos nós.
Fiquei agarrada a esta série até esta semana, num verdadeiro estado de nervos. Caramba, que raiva. Há cabeças muito matadas neste mundo. Medo.
Marido na Hungria há uma semana. Deixei o JA sozinho em casa para ir para Istambul. Pela primeira vez. Estava nervosa mas correu bem. Agora vingou-se e deixou-me a mim sozinha. Mas eu sou pessoa que lida bem com a solidão e até aprecia ter a liberdade de não fazer nada ou de fazer tudo, sem dar satisfações. Trabalhei, fui a manicure, deu um passeio na marina, fiz umas compras, passei a ferro e agora estou a fazer um curso. Daqui a pouco estou na cama a ver alguma série. Em silêncio. Domingo regressa o filho empoeirado. Sexta regressa o marido desanuviado de nós. Que estas viagens podem ser cansativas mas eu sei que ele adora.