A melhor coisa que me aconteceu esta semana foi ter recomeçado a escrever. Tinha a história da minha sogra pendurada há um ano. Sem lhe tocar. Em minha defesa, 2021 voltou a ser um ano de Covid, com lockdowns e restrições. No início do ano bati no fundo com uma reestruturação na empresa. Acho que nunca me tinha sentido tão desmotivada na vida. E depois dei a volta por cima. E a volta foi tão grande que aterrei no outro lado do mundo. Com tudo o que isso implicou. Não tive disponibilidade mental durante um ano inteiro para escrever. Desmotivação, trabalho, motivação a mais. Até agora. E é engraçado porque normalmente gosto de escrever quando estou mais em moon mode. Mas desta vez foi ao contrário. Estou mais feliz do que nunca e voltei a descobrir o prazer de escrever. Tenho passado muitas horas a escrever nos últimos dias e esta semana acabo mais uma versão da história. Se a minha sogra não quiser acrescentar mais mil e quinhentas coisas (na última versão recebi muitas páginas de notas escritas com a sua letra, por vezes indecifrável, com eventos e memórias que queria acrescentar) e aprovar esta versão, está feito. Estou de volta!
Passei uma noite terrível, com aquela dor de cabeça que só me ataca quando estou menstruada. Mas acordei determinada a ultrapassar as poucas horas de descanso, tomei um comprimido, um café, contemplei a vista, dancei enquanto me vestia e fiquei fina..
O urso com que o meu filho dorme e viaja desde os cinco anos, ficou comigo no Dubai. Só hoje é que me apercebi disso. Prova evidente de que já está crescido e não sentiu falta dele la. Trouxe-o para a minha cama. Querido Chano. Feitos por mim em Nova Iorque. Vais dormir comigo estes dias.
Afinal de contas, fomos os dois deixados para trás…😀
Tinha que arranjar um sítio para trabalhar aqui em casa. De cada vez que fico em casa a trabalhar, instalo-me na mesa da sala. A vista é maravilhosa, mas 1. Não gosto de ter a mesa da sala ocupada com o computador e as minhas coisas ( o mesmo para o computador e as coisas do A.) e 2. Durante a tarde bate o sol com uma força, que temos mesmo que nos mudar. Andanos para comprar una mesa gira que dê para os dois mas ainda não tratámos disso. Vai daí, comprei esta mesa e cadeira super baratinhas e fiz o meu cantinho de trabalho. Quando arranjar a tal mesa de trabalho, a cadeira dobra-se, não ocupa espaço nenhum e a mesa pode servir de apoio em qualquer sitio da casa. Olhem, eu gosto. E as coisinhas do Ikea, cestinho, almofada e base da mesa, compõem o ramalhete.
A única serie portuguesa na Netflix. Eu gostei, embora não consiga perceber o que segura um espectador de outro pais a vê-la. Eu senti cada episódio porque apesar de ter nascido só em 1975, vivi, pela experiência dos meus pais, a vida em Portugal antes do 25 de Abril. E sei que o clima de conspiração e de medo era bem real. Que se prendiam pessoas só porque sim, que não havia liberdade de expressão a nenhum dos níveis. O leque de actores da serie e excelente, mas o actor principal deixa tanto, mas tanto a desejar... Não tem expressão corporal, é vazio. A Vitoria Guerra salva a cena, mas não é a única. Podemos ver o Albano Jerónimo, a Inês Castelo Branco e muitos outros bem conhecidos que felizmente dão cor à coisa.
Vi os últimos cinco episódios com muita calma, como quando se come uma sobremesa de que gostamos muito. Adorei o final e ainda fiquei mais impressionada quando vi no documentário, também disponível na Netflix, que os argumentistas estiveram ate a última sem saber como tirar os assaltantes de dentro do banco de Espanha. Foi uma ideia genial, que inveja da escrita daqueles iluminados! Agora, sabendo que acabou, já sinto saudades do Professor, da Tóquio, da Nairobi, do Berlim. E vamos todas ficar para aqui a sonhar com aquele charme nerd do Professor ate que a série sobre o Berlim se digne a estrear.
A menos de duas semanas do Natal, a trabalhar desde cedinho e já com a caminhada de hoje feita, o Spotify está a tocar musicas de Natal. Sempre adorei! Aquelas que falam de voltar a casa no Natal sempre me bateram lá no fundo, não tendo eu ido a lado nenhum. Imaginem como me tocaram este ano. Estando ainda por aqui até muito perto do Natal e especialmente por já estar sem os meus. Sempre tive um medo irracional de acontecer alguma coisa que nos impeça de estar juntos e com saúde no Natal. Desde sempre. Sem motivo aparente para ter esse receio ( desde que o A. começou a trabalhar na Alemanha esse receio aumentou). Este ano o 'I will be home for Christmas' toca-me na alma e já estou para aqui prester a largar num pranto. É quase impossível não pensar de vez em quando que, se acontece alguma coisa, passo o Natal sozinha. E acho que isso deve ser das coisas mais tristes que me podiam acontecer. Ok. Pensamento positivo. Aproveitar tudo. O sol brilha lá fora. Está tudo bem.
Sabemos perfeitamente que as divisões entre homens e mulheres no médio oriente não teve origem na busca de segurança, mas sim na pura e dura descriminação. Mas o que é certo é que nos dias de hoje estas divisões trazem muito conforto e muita segurança às mulheres. Poder andar de metro numa cabine exclusivamente para mulheres e crianças, em táxis conduzidos só por mulheres para esta mesma clientela, ou filas e salas de espera exclusivamente para elas, confere muita segurança e evita constrangimentos. Ninguém é obrigado a frequentar estes transportes específicos mas quem está sozinha e se sentir mais confortável com isso, tem essa possibilidade.
Depois de uma sexta-feira super preenchida, com praia durante a tarde e concerto da Alicia Keys à noite, aterrei na cama e nem tive consciência de estar sozinha. Hoje já andei a arrumar coisas em casa, a passar a ferro e agora estou a tomar o pequeno-almoço antes de mais uma tarde de praia. Preciso de ir ao mall e de levar os edredões para a lavandaria ( estou a aproveitar para deixar tudo em ordem para a volta das férias e o início do novo ano).
P.S . Ja vi o primeiro episódio da nova Sexo e a cidade. Nem sei o que dizer.
