Estou a organizar um almoço de Natal para a família do meu marido. Somos muitos e há muito tempo que não se juntam todos, por motivos de logística, principalmente. E é uma pena, porque os primos vão perdendo o contacto. Então, euzinha, decidi juntar toda a gente num restaurante. Tem-me dado uma trabalheira contactar as pessoas e que escolham o menu e mimimi. Já encomendei um bolo de Natal todo catita e estou a pensar noutra surpresa. Digam lá, se com isto não vou ganhar muitos pontos junto do marido, heim????
Hoje, no meio do trabalho, pudemos almoçar com o meu pai. O A. vai esta madrugada embora e foi optimo podermos estar juntos em familia, antes de mais dias separados. Felizmente, podemos aproveitar os dias em que ele cá esta a trabalhar juntos em casa. Mesmo com muito trabalho, há tempo para um café, para mimos e isso é mesmo muito importante. Vai haver uma semana em que estamos mesmo desencontrados (ele cá e eu fora) mas temos que agradecer por este ano todo termos conseguido quase sempre estarmos ca ao mesmo tempo.
Nas ultimas semanas, sempre que o A. está ca, quer fazer modificações ou melhorias na casa. Adora fazer upgardes nas coisas e normalmente sou eu quem lhe poe travão. Mas nestas ultimas deixei-o comprar, porque realmente eram coisas que ele queria há muito ou que faziam mesmo falta. A primeira foi a cama do JA. A ultima tina 12 anos e o rapaz já não se conseguia virar.
Depois veio a poltrona, que lhe dá imenso jeito para ler, para tocar guitarra, para estar no computador. Para mim é o local para fazer perguntas de preparação para os testes do JA. E com a poltrona veio o tapete de vaca, que da um ar muito engraçado ao escritório. Passamos muito tempo a trabalhar aqui, é justo que façamos algum investimento nesta divisão. Ontem ainda acrescentamos o abajur azul para ficar a condizer.
E por fim, a grande mudança na nossa cozinha. Passar de um fogão a gás para uma placa de indução. Foi o A. quem montou tudo sozinho e agora a nossa cozinha parece outra, toda moderna!
Acho que paramos por aqui, senão o IKEA ainda nos nomeia cliente do mês.
Chuva, chuva, tanta chuva. No meio do estudo para os testes, conseguimos levar o pai a matar saudades de um peixinho assado e hoje outra vez, mas com amigos. O estudo do JA limita-nos imenso as saídas mas mais duas semanas e acaba esta fase. Ontem à noite decoramos a casa para o Natal, e fizemos a árvore, embora ainda esteja sem luzes porque não acho a tomada das luzes do ano passado. Prestes a recomeçar mais outra semana, esta sem viagens, por agora.
Esta semana foi daquelas em que não nos conseguimos virar, de tanto trabalho que teve. Fui a Barcelona e quando cheguei, tinha tanto trabalho acumulado que parte dele teve mesmo que passar para a próxima. Tenho a mania de não deixar coisas de um dia para o outro, mas as vezes é impossível. Felizmente chegou o fim de semana, já fiz duas horas de yoga (e sai feliz por terem sido aulas de progressos) e já temos planos para os próximos dias, apesar de serem ainda dias de estudo para o nosso filhote. As próximas semanas ainda são de muitos testes. No meio de tudo, já estou a empanicar com o Natal. Esta coisa de ter tantas prendas para comprar dá-me cabo do sistema nervoso...A ver se começo de uma vez. Para mim é assim. Ando em pânico durante uns tempos mas depois de comprar a primeira prenda, faço tudo muito rápido.
No entretanto, descansar e repor o sono, encher o deposito dos mimos e ter tempo em familia.
Adoro este dia e gostava que também o pudéssemos comemorar, como nos Estados Unidos. Importamos tanta coisa, podíamos também importar esta celebração! Porque agradecer e ter um motivo para juntar a família, nunca é demais.
Obrigada. Pela saúde, pela família, pelo marido, pelo filho, pelo trabalho, pelos amigos, pelos pequenos prazeres da vida. Obrigada.
Quando o pai não está, os nosso planos de fim de semana são simples. Ao sábado vou ao yoga, dou uma volta pela baixa, hoje fomos almoçar ao meu pai, o JA estuda, eu faço perguntas, vejo televisão, leio e faço pequenas tarefas. Os fins de semana são a parte mais dura desta forma de vida. Hoje deu-me uma crise de saudades do nosso mais que tudo e desatei num pranto a ver pela enésima vez o "Casamento do meu melhor amigo". (Deve ser dos poucos filmes em que já sei as cenas quase todas de cor.)
Viver assim, de quinze em quinze dias é tramado. Respirar de alivio quando ele entra em casa e fica por uns dias. Saber que esta tudo bem porque ele esta a dormir ao meu lado e não a milhares de quilómetros. Ouvi-lo respirar e adormecer nesse embalo.Não estar sempre atenta ao telefone (quando ele cá esta até o desligo). Ter quem me substitua nas tarefas mais básicas, se for preciso. O meu coração vive constantemente fora do peito. E se nuns dias levamos bem a coisa, ate me sinto feliz e abençoada por termos trabalho, fazermos o que gostamos e termos saúde, noutros, sinto-me tão sozinha e desamparada que só apetece mandar tudo para o tecto e começar aos gritos.
Felizmente, os dias felizes são mais. E mais intensos. Senão, não valia mesmo a pena.