Estivemos um mês fora de casa. Primeiro duas semanas e pouco de férias, chegámos e estivemos dois dias em casa e fomos mais uma semana e meia para a Alemanha. Quando chegamos, fomos para o Algarve. Não paramos nestas semanas e foi muito bom. Ter saudades de casa e das rotinas! Obviamente que entre por o trabalho em dia e andar neste corropio, me deixou sem tempo para fazer mais nada. Tenho que fazer um exame escrito de italiano esta semana e uma prova oral para a semana e ainda não estudei nada. Começo de novo um curso a partir de 15 de Agosto...A ver se a coisa acalma depois de vir de Madrid...O bom de tudo é que estive com o meu mais que tudo durante todo este tempo, coisa que não acontecia desde Dezembro. No domingo, quando se foi embora, deu-nos uma nostalgia! Ficamos mesmo mal habituados nestes últimos tempos. Mas o verão serve para isso mesmo, tentar recuperar energias, mimos e ganhar forças para o resto do ano. o meu Setembro já esta impossível, tenho viagens todas as semanas...
No meio desta roda viva, ainda conseguimos sair do Algarve no sábado à tarde, passar em casa para desmanchar malas e ir para o Cool Jazz fest ver o Van Morrison. Aqui a velhota adorou o horário do concerto. Começou as 20h30 e as 22h10 estava acabado. Mesmo bom para quem gosta de se deitar cedo!!!! Ainda fomos jantar com os amigos que foram connosco, nas barraquinhas do festival e chegamos a casa pouco depois da meia noite. Gostei mesmo do conceito! Ah e o velhote, apesar de mal se ver no palco, de tão pequeno que é, arrasou com a sua ainda belíssima voz.
Ando a mil, e não tenho conseguido actualizar o blog em condições. O fim de semana foi cheio, com ida ao Algarve buscar o nosso filhote e festa de aniversario da nossa sobrinha-bride to be. O domingo foi passado em família, embora nos faltasse o nosso mais que tudo, que já tinha voado outra vez para a Alemanha. Amanha vou para Madrid, mas estou a tentar ter tempo para acabar o relato das férias...
Fim de semana no Algarve (estava cheia de saudades de fazer praia!!!)
Aniversario desta sobrinha linda.O ultimo solteira!!!
Os lounges de praia, nos topos dos edifícios. Quem não tem praia, caça com gato.
Um dos meus escritorios nas ultimas semanas.
As prendas para o filhote. Dois livros gigantes comprados numa loja só de Comix que ele vai adorar! (mas que são super pesados, vai-me custar leva-los)
Braunchevaig.
As casas junto ao rio mataram-me. A vir viver para aqui, gostava mesmo era que fosse para uma delas. Sonhos...
Interrompo o roteiro das férias para dizer que estou a trabalhar na Alemanha há uma semana e meia, ou seja, desde que vim de férias. Esta primeira experiência prende-se com o facto de ter cá o marido a trabalhar e começarmos a pensar que não tem muita graça estarmos separados. Claro que não pensamos numa mudança definitiva para já, e enquanto tivermos o nosso filho relutante em mudar-se. (E eu compreendo perfeitamente a sua relutância). Mas estou por aqui porque ele esta de férias com a avó no Algarve e não tinha sentido eu ficar sozinha, quando posso trabalhar de qualquer lado, desde que tenha aeroporto, computador e wifi. Na semana passada fui a Madrid desde aqui e foi um pesadelo. Muitas horas e dois voos para cada lado. Não gostei nada. Mas teria que pensar em viver noutra cidade que não Hannover, que é muito mal comunicado com tudo.
A rotina por aqui é ficar a trabalhar no hotel (saio de manhã para dar uma volta e tomar um café) e depois, quando o marido chega, ao final da tarde,deixo o trabalho e vamos passear. A semana passada até fomos a um espectáculo de variedades que foi hilariante. O "Appartment" do grupo GOP. Foi de chorar a rir.
No resto dos dias temos ido passear, ver monumentos, andar de barco no rio, fazer compras, estar com amigos (já tivemos dois churrascos!) e namorar muito. Temos aproveitado imenso o tempo juntos. Estou a gostar muito das cidades (estivemos em Hannover, agora estamos en Branschewieg porque o meu marido tem projectos) e ate me via a morar aqui. Principalmente porque aqui esta verão, o verão que foi roubado a Portugal este ano.
A segunda parte da viagem foi passada em Ubud e redondezas. Ubud fica no centro da ilha, rodeada por montanhas e é muito menos turistica do que as zonas balneares. Eu gostei bastante mais, é mais tipica, mais genuina e tem imensa coisa para ver. Queriamos ficar apenas 3 dias, cabamos por ficar 5, porque o hotel era uma coisa do outro mundo e porque quisemos fazer dois dias de descanso na piscina a lagartar.
Monkey Temple. A dez minutos a pé do nosso hotel, uma experiencia que há mesmo que têr.
Num cafe de Ubud.
O templo dos macacos é uma floresta, com rios, cascatas, templos e eles andam por ali, livres, a saltar e a meterem-se connosco.
Num cafe de Ubud.
No Hotel Plataran.
Uma das piscinas do Hotel.
Aqui lagartámos tão bem! Um descanso!
Templo dos macacos.
Uma alergia que fiz na perna, depois de um passeio magnifico de 20km nas montanhas... Ainda não percebi se foi bicho ou planta, tinha na parte de fora das duas pernas, abaixo do joelho apenas. Com uma pomada de cortisona desapareceu, mas a mancha, só saiu agora.
Oa arrozais em socalcos.
Foi neste ambiente que fiz a alergia.
Os arrozais em socalcos. Teelalang Rice terrace.
Mesmo muito bonito.
Tirta Empul- Taupak Siring temple. O que mais gostei. o banho de puriificação na agua é emocionante. Sente-se um ambiente muito espcial por ali. Tivemos todos que usar um sarong.
O Alit a explicar-me que em determinados locais do templo, as mulheres têm que usar o cabelo preso para que os fantasmas não se agarrem a eles. A minha cara diz tudo.
Lá lavei o que pude com aquela agua pura e abençoada. Mãos, cara, pernas. Acho que resultou porque a nossa viagem correu mesmo muito bem e a nossa vida não nos tem corrido mal!
Goa Gajha Temple. este templo inclui a Caverna dos elefantes, construida pelos japoneses com trabalho escravo.
Tegenungan Village waterfalls. Um assombro e com tantos spots giros para tirar fotografias daquelas de sonho!
Saímos de Portugal apenas com as primeiras duas noites reservadas em Hotel. A ideia era ir circulando pela ilha, à medida que fossemos percebendo que sítios queríamos conhecer. O primeiro local onde ficamos foi Semyniak. A praia, mesmo ao lado chama-se Kuta e é uma das mais famosas de Bali. No entanto, desengane-se quem ache que Bali é um destino de praias de sonho. Não é. Pelo menos para nós, que estamos acostumados a praias paradisíacas, com areia branca. Kuta tem uma praia enorme, mas de areia mais escura, cuja única vantagem é ter o mar bastante mais quente.Em dois dias fizemos praia (e uma das melhores massagens da minha vida foi feita ali, à beira mar, por uma senhora local, com mãos de fada...)bebemos agua de coco, passeamos à beira mar e conhecemos Kuta. Muito turística, uma típica cidade de praia. Foi aqui que tivemos contacto pela primeira vez com a experiência de ver as oferendas que são feitas todos os dias aos inúmeros deuses da Ilha. Existem templos por todo o lado, tanto públicos como privados. Bali é maioritariamente hindu e muito, muito mística. Em Semyniak arranjamos um guia, o Alit que nos acompanhou em dois passeios.
O nosso guia Alit.
Jardim Botanico.
Dia de praia em Kuta.
Jantar em Kuta.
Cascata Gigit.
Jardim Botanico.
Saltos para dentro das cascata Gigit. Eles adoraram esta experiência!
As oferendas. Duas vezes por dia, em todas as portas de casas, lojas, dentro dos carros e claro, as centenas nos templos. Oferecem o que têm. Bolachas, incenso, café e sempre flores.
Jardim Botânico.
Noite em Kuta.
Floresta de bambu, Jardim botânico.
Jardim botânico.
Almoço no Lago Bratan.
Cascatas Gigit.
Prova do cafe mais caro do mundo, feito em Bali. O café mais caro do mundo chama-se Kopi Luwak e é produzido na Indonésia, masi especidicamente em Bali.. O curioso acerca desse café é que ele é produzido a partir das fezes de um animal. O animal em questão é o mangusto, um mamífero que engole os grãos de café, libera alguns ácidos e enzimas neles e depois os elimina nas fezes. Isso faz com que o café seja fermentado de forma natural e fique com aroma de frutas vermelhas, pouco amargo e pouco acido.
Decidimos tudo dois dias antes de viajar. Como sempre. Nem passaporte tínhamos valido. E ainda assim correu tudo mesmo muito bem. Viajámos pela Emirates, via Dubai e a viagem é mesmo muito longa. Há que reservar pelo menos um dia para ir e outro para voltar, o que quer dizer que nunca se deve pensar em estar em Bali menos do que 12 dias. Foi o que fizemos. A viagem dura 16 horas, se só falarmos de horas de voo. São 7,5h até ao Dubai e depois mais 8h30 até Dempasar. Fizemos apenas uma hora de escala no Dubai, o que pode ser bastante arriscado, mas correu bem. Os voos passam com alguma facilidade se forem amantes do cinema como nós. Eu vi 12 filmes no total das viagens. Tirei barriga de misérias. E depois, a tripulação, que é um amor e fala todas as línguas possíveis, passa o tempo a trazer comida e bebidas, vê-se mais um filme, faz-se uma pequena sesta e já esta. O meu filho portou-se lindamente, a ver series e a ouvir musica.
Os nosso telefones entraram em modo de voo à saída de Lisboa e só voltaram a estar ligados de forma normal 16 dias depois. As chamadas e mensagens recebidas nestes países podem custar autenticas fortunas. Assim, para alem de estar mesmo desconectados do mundo, ideal em férias, também evitamos desgostos na volta. Só comunicávamos com a família quando havia wifi e sobrevivemos. Se não conseguíamos falar com o pai, falamos com a irmã e ela dava o recado (são sete horas a mais em Bali). Todos os hotéis têm e todos os restaurantes e bares também. Outra informação importante é sobre o dinheiro. A moeda em Bali é a rupia indonésia. Nós levamos euros e fomos trocando lá. Sabíamos que faziam burlas nos multibancos e ainda assim, tentamos levantar dinheiro no aeroporto e apanhámos um susto. A operação foi toda realizada mas não saiu dinheiro nenhum. Felizmente, parece que nada foi levantado da conta, mas tinha sido desnecessário correr esse risco. Tentámos, para ter rupias para pagar o transfer mas afinal no aeroporto havia forma de trocar. Saibam que vão ter milhões na carteira. Existem imensas notas de pequeno valor e todas as coisas estão marcadas a milhares de rupias. Para trocar basta ira um local que tenha boa pinta e que tenha a melhor taxa de cambio.
Na chegada a Bali, a uma hora de aterrar, apanhamos um enorme susto. o piloto avisou que o vulcão Agung tinha entrado em erupção e que poderíamos ter que desviar a rota para Jacarta. Confesso que gelei. O JA viu o vulcão em erupção desde o avião. Foi mesmo incrível ver a lava a sair. E ainda mais para quem deu essa matéria em ciências este ano.
Acabamos por aterrar e horas depois, o aeroporto fechou. o Agung começou a deitar muito fumo.
Andou assim durante todos os dias que por lá andamos, mas por sorte, o aeroporto não voltou a fechar a única coisa que mudamos no nosso pleno, foi não ter ido ver o Agung de perto. Mas aquela vista do avião compensou muito!
A viagem de regresso foi muito menos dura, porque fizemos um stop over de 3 dias no Dubai. Partimos a estopada ao meio e foi muito mais fácil. Recomendo a que o façam no regresso, para não chegarem com as costas todas fanadas das férias e irem trabalhar.
(Agung a deitar fumo, visto de Lengongan, uma ilha em frente a Bali)