Depois de ontem termos ficado o dia todo em casa, a mimar o rapaz que fez repouso e dieta, hoje, com ele bem, decidimos dar um pequeno passeio, ir comer um peixinho grelhado e ir ao cinema. O pai foi ver um filme de acção, nós fomos ver o "Mulheres do Século XX". É um filme muito interessante, sobre a fantástica aventura de ser mãe de um adolescente nos anos setenta.
Doze horas de internamento em duas cidades diferentes. Duas ligações intravenosas, duas colheitas para analise, dois balões de soro e mais de medicação. A mãe esteve sentada numa cadeira durante todo o processo. E doem-lhe as cruzes. Já estamos em casa. Banho tomado para tirar o cheiro do Hospital. E uma sesta. Vamos voltando à normalidade. E estamos a recuperar do susto.
Saímos do Hospital Privado do Algarve, onde o meu filho esteve 3 horas e assumimos a responsabilidade de o trazer para Setubal. Chegámos ao hospital de Setubal com uma carta, uma conta de 300 euros e aqui tiveram de fazer tudo outra vez. As análises foram incompletas, a medicação insuficiente mas numas Instalações impecáveis e com pessoal super simpático.
A minha sogra levou-o para lá e não tivemos outro remédio senão pagar e não bufar. Mas cada vez mais me convenço de que fazer da saude um negócio é tão errado!
Aqui, já tiveram de me acudir porque eu estive a ponto de desmaiar, como mãe corajosa que sou...
O meu filho agora dorme, o soro corre taaaaao lento e eu tenho que me aguentar, com o coração do tamanho de uma ervilha.
Estavamos nos a prepararmo-nos para passar a noite a ver os Oscares, quando a minha sogra liga a dizer que o nosso filho estava a vomitar. Mandamo-la para o hospital e saímos de casa em minutos. Menos de duas horas depois estávamos em Faro. Filho a soro. Vomitos que não param. Febre. Uma directa sem Oscares. Eu tinha dito que tirava o dia de ferias para dormir, não foi? Pois.
O caminho entre Sesimbra e Setúbal, de mota e de noite, de Inverno, não é propriamente o mais agradável de se fazer. Há etapas no percurso em que se sente um frio , vindo da serra, que corta, quase insuportável. Hoje, no regresso a casa, com dois casacos que quase não me deixavam respirar mas que me impediram de passar frio, fechei os olhos e, agarrada ao meu homem, ali fui, o corpo fazendo as curvas que ele fazia, a cabeça longe. Normalmente sinto sempre um bocadinho de medo, vou atenta ao percurso e aos carros, não gosto especialmente da inclinação que se tem que fazer nas curvas. Mas hoje, de olhos fechados, o caminho fez-se num instante, sem medo de nada. Só ali, a sentir o vento, embalada no roncar da mota, abraçada a ele, a confiar nele. Como deve ser sempre.
Hoje passamos a manhã na ronha e quando demos por isso a manhã já era tarde. Menos mal que o fim de semana é prolongado e estes tempo de preguiça e de namoro nunca são demais. Saímos de mota para o cinema para ver Fences. Denzel Washington faz um papel enorme, gigante mesmo, mas o filme em si, não entrou na minha lista de preferidos. É uma historia contada de forma crua, um drama da vida real mas a mim, acabou por não me dar aquele murro no estômago.
Depois do filme, fomos jantar ao nosso Rodinhas. Agora já estamos em casa, que é hoje é noite grande dos Óscares!
Tão, mas tão divertido, este musical. E que bom ver uma nova geração de actores que dança e canta tão bem! Adorámos, foi sem duvida uma fantástica forma de celebrar o nosso aniversário.
Há que tempos que andávamos para ir ao Pateo. Foi hoje e não desiludiu. Adorámos o espaço, o atendimento e a comida. Fomos com tempo, andámos a passear na baixa e depois tinhamos reserva bastante cedo, para termos tempo de conversar, degustar e aproveitar o espaço.
O meu filho pediu-nos para ir para o Algarve passar estes dias com a avó, os tios e os primos. E apesar de adorarmos estar com ele, esse pedido suou a festa na nossa cabeça. Afinal de contas, não tínhamos festejado o nosso aniversário!
O A. foi mergulhar esta manhã, e eu fui levar o JA e a avó ao comboio. Quando regressei, fiz a minha caminhada e depois enfiei-me no cabeleireiro a arranjar as mãos e o cabelo. Cheguei a casa e fiz um brunch para dois. Ao final da tarde, fomos para Lisboa e começaram as festividades. O filho está bem, a divertir-se por terras algarvias e nós por aqui, também estamos muito bem. Com tempo para namorar, coisa que nos tem feito tanta falta.
Estou a conseguir ir uma vez por semana e dias antes dou por mim a desejar ir para lá. Ontem, doía-me uma omoplata e só pensava que hoje tinha a minha sessão marcada. O stress nos ombros, cronico, acabou, as dores constantes de estar sempre encolhida, nem vê-las. Minha maravilhosa Helena.