Começou com o meu vizinho bipolar todo nu no corredor, a tocar-me à campainha, a bater de punhos cerrados na minha porta, comigo a chamar a policia e a ser literalmente escoltada por um deles até ao fim da minha rua, para levar o miúdo à escola, enquanto o homem era levado de ambulância. Todo um drama digno de filme. Tive que parar e acalmar-me durante uns minutos, antes de conseguir ir trabalhar, tais forma os nervos. Depois, um dia estúpido no escritório, o meu filho a suplicar para ir brincar com amigos SOZINHOS na casa de um deles e eu a não deixar e a ser a má da fita. Problemas atrás de problemas de trabalho. O stress da reunião a pairar em cima da minha cabeça...
Eu tenho duas irmãs que adoro e que são a minha família nuclear. Penso muitas vezes o que teria sido de mim sem elas, depois de termos perdido a nossa mãe. As minhas irmãs deram-me sobrinhos lindos e inteligentes, cheios de sentido de humor, muito parecidos connosco (gaba-te cesto). E é para elas que eu ligo na primeira aflição, no primeiro queixume, ou mesmo só para jogar conversa fora. Sim, não dei irmãos ao meu filho. Não quis conscientemente dar-lhe esse afecto. Dou-lhe todos os outros que existem e não me sinto nada culpada por isso. O meu filho tem primos, tem muitos amigos e há-de sobreviver com essa lacuna grave.
As apresentações estão feitas, ainda que cada vez que lhes mexa, mude alguma coisa. tenho uma semana para as ensaiar e tratar de todos os outros detalhes. Estou louca para que esteja feito.
Prova de piano superada. Com muito esforço, muito estudo e muito carolo naquela cabeça. O meu filho está de férias. Acabou hoje todos os testes e provas. (e eu também!!!!)
