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Contos sem nó

As minhas histórias

Contos sem nó

As minhas histórias

29.04.14

O carro alugado


Lila

Renault Captur deve desembarcar no Brasil em 2014

Tem uma coisa muito boa.

É impossível de perder no estacionamento dos centros comerciais.

(vê-se a quilómetros de distancia)

28.04.14

Extravagancias


Lila

Quando vamos ao Supermercado do El Corte Inglês fazemos sempre uma extravagancia.

(aliás, ir ao supermercado do El Corte Inglês já é uma extravagancia, já que é tudo estupidamente caro).

Lá, compramos umas bolachas de manteiga, daquelas de chá, que são absurdas de boas.

Deviam ser proibidas.

 

Ontem, estava eu a comer uma delas, a acompanhar o descafeinado depois de jantar e vejo isto, no fundo da embalagem:

 

 

 

Ora, se eu já adorava estas bolachas, agora que vi os bonequinhos, fofos que só eles, ainda gosto mais!

E ainda por cima, zangados, por ser eu que lhes estou a comer os biscoitos.

Fofinho.

 

(e é assim que eu não consigo perder os dois quilos que se alaparam no meu rabo há dois meses e não arredam pé nem a gritos)

27.04.14

Os marretas


Lila

Poster Filme

Acho que já tinha dito aqui que odeio filmes que combinam pessoas com bonecos, não tinha?

Pronto.

É isso.

 

27.04.14

Este país não é para pobres


Lila

Esta manhã levantei-me cheia de remorsos por não ter levado o JA ao cinema ontem, como estava combinado.

Vivemos numa cidade sem cinema, ou melhor, com uma unica sala de cinema que não passa propriamente os filmes que o meu filho gosta de ver.

Por isso, sempre que se quer ir ver um filme, temos que ir ou ao Montijo, ou ao Seixal, ou mesmo a Almada, que é o nosso favorito.

Aqui na cidade fazemos tudo a pé ou de bicicleta, mas ir até Almada é um bocadinho difícil.

Por isso, saímos de casa e fomos apanhar o comboio para o Pragal.

O engraçado é que ir de transportes públicos até ao Almada Fórum custou-nos 21€.

E fomos a pé da estação até ao centro comercial, senão ainda tinha ficado mais cara a festa!

Os bilhetes de comboio são caríssimos!

Dei por mim a pensar que neste país, até para se ser pobre temos que ter dinheiro.

27.04.14

Sabado do capeta


Lila

Tocaram-me à campainha, estava eu a tomar o pequeno almoço.

Era a vizinha que gere o condomínio. Que tinha que descer às garagens, tinha havido assaltos e estava lá a policia.

Desci, em pijama, de Cartão de Cidadão na mão, como tinha dito a vizinha.

Quando cheguei à porta da minha garagem tive uma das piores sensações da minha vida: faltavam os dois carros.

Os dois carros e duas paletes de sumos. Ladrões com sede, portanto.

Seguiram-se depoimentos, e uma equipa bem rudimentar de policia técnica que em nada tem a ver com o CSI de que eu tanto gosto.

Alias, o espírito da policia é de que não vale mesmo a pena fazer nada.

Foram assaltadas 40 garagens no meu prédio.

E mais dois prédios na cidade, nessa noite.

Já chorei, já me descabelei, já pensei em tudo.

Ficou a sensação de injustiça e de impotência.

Um carro é da empresa e outro é do meu pai, o que é mil vezes pior do que se fosse nosso.

Só amanhã vou alugar carro.

E só a ideia de não podermos ir onde nos apeteça por não ter nenhum carro é muito estranha.

Aos poucos vou-me lembrando de coisas que tinha dentro do carro-a agenda, uns ténis, CD´s, um GPS, o meu guarda-chuva, uma caixa com material de trabalho.

Coisas sem importância, mas que eram minhas.

E o mais importante de tudo, todos os exames que fiz ao joelho e que ia mostrar ao médico.

Espero sinceramente que aos ladrões que nos fizeram passar um sábado (e com certeza muitos mais dias se seguirão do mesmo calibre) mágico, lhes apareça uma doença ruim e se espetem contra um poste.

No mínimo.

 

25.04.14

25 de Abril


Lila

Não era nascida, aliás, fui concebida precisamente neste mês de 74.

Gosto de ter a ideia romântica de que os meus pais me conceberam no "calor" da revolução, mas provavelmente foi uma coincidência que nada teve a ver com a emoção dessa época.

40 anos.

Já não tenho a minha mãe para me contar o que sentiu nesse dia.

Sei que a minha irmã adorou ver desenhos animados todo o dia.

E que os meus pais tiveram medo, muito medo.

Um medo misturado com alegria.

O meu filho sabe explicar tudo o que se passou.

Já ensinam tudo na escola.

Hoje, ao almoço, fiz questão de lhe explicar como foi sentido pela nossa família. A avó paterna fez o mesmo ontem.

Há que tentar que a nova geração não seja tão desligada deste momento marcante e fundamental na história de Portugal.

Pelo menos tão desligada como foi a nossa.

 

24.04.14

Custa-me tanto....


Lila

 

Mas tem de ser.

Falta menos de um mês para os exames de quarto ano.

E se eu já o obrigava a estudar nos fins de semana "normais", agora então, não lhe posso dar folga.

Vamos estudando os dois, aos bocadinhos.

Eu sei que ele se vai sair bem, mas quero que se sinta bem preparado.

E nós, pais, temos obrigação de os ajudar e orientar.

Este fim de semana vamos dedicar-nos à matemática e fazer um texto.

Mãe sofre....

 

 

24.04.14

JA, o coacher


Lila

Ontem fui trabalhar a Toledo.

Sabia que a reunião era dura e por isso preparei-me para o pior.

Fiz um relatório, levei documentação relevante e expliquei tudo o melhor que sabia e consegui.

Estive no escritórioate as 9h da noite, dei um beijo ao meu filho que tinha que dormir na avó e as 4h30 da manhã já estava levantada para ir apanhar o avião.

Acho que correu bem.

Mal cheguei ao aeroporto, comecei a rever a formação de hoje.

Uma formação sobre um tema muito filho da mãe, que me tirou o descanso nas férias, que me obrigou a trabalhar nas férias!

Ontem sentia-me insegura.

Pensei mesmo que hoje me espalhava ao comprido.

Á noite, já com o meu filho, pedi-lhe que hoje se levantasse mais cedo, porque eu tinha que chegar mais cedo ao escritório.

Disse-lhe que estava com medo da formação.

E o meu filho, no alto dos seus nove anos, deu-me os seguintes conselhos:

"-Se não souberes responder a uma pergunta, dizesque não sabese que depois respondes;

-Se te enganares, voltas atrás e continuas (é o que eu faço a ler),

-Se vais a pensar que corre mal, vai correr mesmo mal;

-Pensa que é o teu trabalho e toda a gente gosta do teu trabalho.

Ah e toma um cafezinho antes, para relaxar."

 

Fiquei de boca aberta para aí uma hora.

O que é certo é que correu bem.

Uns minutos depois da ter terminado, recebi este email da colega que eu mais considero em Espanha, uma verdadeira top performer:

 

 

"gracias Marilia, ha estado fenomenal, me ha gustado mucho, muy útil que es lo que necesitamos.

Besos."

 

Obrigada, filho.

 

(sinto-me em papas, mas amanha é feriado...)

 

 

 

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