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Contos sem nó

As minhas histórias

Contos sem nó

As minhas histórias

30.05.12

Vida nova


Lila

Ontem, cheguei de Madrid já quase na hora de jantar. Ele tinha levado o pai ao aeroporto, com a avó (não, não nos encontrámos) e tinha uma carinha triste.

"Não gosto desta nova vida sem o papá.

Gostava mais da vida velha".

E ali fico eu, a tentar inunda-lo de mimos, enquanto fazemos as tarefas da nossa rotina, agora novamente a dois, depois de um fim de semana a 3 e depois de ele ter ficado sozinho com o pai dois dias, sem a mamã das regras por perto.

Eu odiei ter desperdiçado dois dias com o meu marido (fui para Madrid as 5h30 de segunda, blach), mas ao mesmo tempo, foi bom para o meu filho ter o pai só para ele.

Papel difícil, o meu.

Vida difícil esta, a nova que todos temos.

 

 

28.05.12

Madrid


Lila

Outra vez.

E o mais divertido de tudo é que, quando regressar a Lisboa, o meu marido está a partir para Pamplona.

Pode ser que ainda nos consigamos ver no aeroporto.

...

Qualquer dia escrevo um livro.

26.05.12

A desforra


Lila

Dormir abraçada a ele.

Tomar pequeno almoço na cama, com o filhote aos pulos á nossa volta, numa excitação doida, entre abraços e beijos melosos.

Sair para tomar café na nossa esplanada e depois comer sardinhas no nosso restaurante de sempre.

E depois, ao final da tarde, caracóis e cerveja com groselha, sem ter mesmo que pedir, apesar de não irmos aquela tasca há um ano.

(agora há estudo de português e de piano por aqui, sem reclamar, sem birras, só porque o pai está por perto...Que manhoso!!!!!)

 

25.05.12

Da reunião em Paris


Lila

Voltei muito preocupada com a sanidade emcional do meu filho por estes dias, mas ao mesmo tempo muito mimada.

Os meus coleguinhas enchem-me de mimos, são mesmo uns amores.

E acabámos por nos divertir muito, no meio de tantas horas de trabalho nestes 5 dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25.05.12

O meu joelho


Lila

Já não podia aguentar mais e fui ao fisiatra.

Foi-me diagnosticada uma tendinite.

Levei logo uma injecção dose cavalar e agora vou fazer uma série delas, mais comprimidos e se nada disto resultar, fisioterapia.

Eu tentei explicar ao senhor doutor que eu não tenho vida para fisioterapia, mas acho que ele não percebeu.

 

25.05.12

Voltei


Lila

A greve deu-me cabo dos nervos e fez-me chegar a casa de madrugada.

Mas ainda assim cheguei, o que já não foi mau.

Quando estava a apanhar uma seca de 5 horas no aeroporto em Orly liguei á minha sogra.

Atendeu o meu filho que fez uma cena de mimo, que estava á minha espera, que já não queria dormir na avó, que queria ir para casa.

Fiquei com o coração despedaçado e prometi-lhe que, fosse a que hora fosse, eu iria busca-lo.

Quando liguei mais tarde á minha sogra para lhe perguntar se podia faze-lo, apanhei-a de surpresa.

A conversa comigo tinha sido enquanto ela tomava banho e dai a cena.

É que em frente á avó ele nunca diz estas coisas,  deve ter receio de a magoar, por isso atendeu o telefone sozinho e desabafou.

A santa da sogra veio para a minha casa esperar que eu chegasse, para que ele pudesse dormir na cama dele.

Cheguei já passava da uma da manhã.

E uns minutos depois o meu filho estava a pé, com uma pulseira na mão, feita por ele para me oferecer.

Quando finalmente me deitei, ouvi os seus passinhos e lá estava ele na minha cama, abraçado a mim.

Hoje acordou tipo lapa, carente, cheio de mimo.

E eu estou destroçada com a minha vida.

 

Valeu-nos aos dois que o pai chegou, depois de 3 semanas de ausência.

E foi ver o brilho nos olhos dele ao ver o pai, a abraça-lo a puxar-me para o abraço, "todos juntos, todos juntos"...

Isto assim, é muito difícil de aguentar, principalmente sabendo que segunda estou de saída lá pelas 5 h da manha e o pai provavelmente também...

Vida dura esta, caramba.

 

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