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Contos sem nó

As minhas histórias

Contos sem nó

As minhas histórias

31.12.11

O melhor de 2011


Lila

Momento: o abraço do meu pai, catorze anos depois.

Viagem: Nova Iorque, para celebrar onze anos de casamento, dezoito juntos, na alegria e na tristeza.

Filme: "Le petit mouchoirs". Entrou directamente para a lista dos melhores da minha vida. Vi-o sozinha, numa altura muito difícil e marcou-me para sempre.

Teatro: Júlio de Matos, do Joaquim Monchique. Chorei e ri como há muito tempo não o fazia.

Programa de TV: Estado de graça na RTP 1 e a descoberta do "No meio do Nada" que caricatura magnificamente como são as familias de hoje. As séries da Fox Life em geral, animam os meus serões.

Música: "Pior que perder" da Adriana. Um bossa nova que tem tudo de bom e toca lá no fundo.

Livro:A descoberta de Mario Vargas lLosa e de Almudena Grandes. Muito, muito bons. E em espanhol.

Objecto: a elíptica, que deu muita qualidade de vida aos meus dias.

Comida: a descoberta do sushi. Infelizmente fiquei viciada, mas podia ser pior.

Decisão: ter tido a coragem de tirar uma pessoa da minha vida, uma pessoa que começava a fazer-me muito mal e que eu não tinha coragem, ano após ano, de afastar. Este foi o ano.

Roupa: vestidos, sempre os vestidos.

Hobbie: desde que o JA aprendeu a andar de bicicleta, os passeios que damos todos juntos, em dias de Sol, pela cidade. Esse passou a ser a nossa actividade favorita.

 

A minha família. Que atura as minhas taras e manias todos os dias.

 

 

 

30.12.11

O ano novo


Lila

Este ano estou com pouca garra para entrar num ano novo.

Adivinham-se tantos problemas, tantos desafios, tanta crise, que sinceramente, não me apetece saltar para 2012.

Tenho uma agenda linda e nova para estrear.

Tenho uma pasta nova que em ofereceu a minha mana caçula para encher de papelada do trabalho.

Tenho um mês já cheio de coisas e coisinhas  planeadas, o mês em que faço anos e por isso também me faz entrar a sério num ano novo da minha vida.

Mas não estou absolutamente nada entusiasmada.

E obrigo-me a pensar que o mais importante de tudo é estarmos juntos e com saúde.

É olhar para o meu filho e vê-lo bem, feliz e saudável, esperto como só ele, amoroso e frenético.

Preciso mesmo de deixar de ter medo do que aí vem e acreditar que vamos ser capazes de dar a volta por cima, apesar de todas as más previsões, apesar de ser difícil, apesar de estar desanimada.

Preciso de acreditar que o amor cura tudo, enfrenta tudo e vai em frente sempre.

Preciso de recuperar a minha alegria de viver e de sentir prazer nas pequenas coisas e agarrar-me a isso, quando o barco entra na tempestade e tudo fica escuro.

Tenho até amanha á noite para me preparar para o receber e dar-lhe luta.

 

 

30.12.11

Descartável


Lila

Depois de lavar, estender, apanhar ( levar com o frio da varanda) e passar a ferro toneladas de roupa não sei quantas vezes por semana, chego á triste conclusão de que era muito mais feliz se existisse roupa descartável.

29.12.11

No deserto


Lila

Passámos os últimos dias no Algarve.

Dias de um Sol incrivel, de um frio imenso, de belos passeios na praia, pequenos almoços ao meio dia, almoços ás quatro da tarde e de um autentico deserto.

Acho que nunca tinha visto o Algarve tão vazio.

Sinais da crise?

 

26.12.11

Trocas


Lila

E depois de um Natal em família, hoje foi o dia das trocas.

Uns sapatos Aldo de princesa que não me serviam e uma camisola da Desigual que ficava a meio caminho no meu marido.

E hoje á noite há novamente jantar de família, o meu cunhado faz anos.

26.12.11

Transgressão


Lila

Cartaz do Filme

 

Nada próprio para a noite de Natal, mas era o que havia.

Este é daqueles filmes em que estamos em tensão o tempo todo.

Do primeiro ao ultimo minuto.

Até me ficaram a doer as costas de tão encolhida e tensa que estava.

Que sufoco.

E a Nicole, linda, linda, como sempre.

 

24.12.11

Vespera de Natal


Lila

Almoço na varanda ás 4 da tarde, um copo de vinho tinto e um Sol magnifico.

Não há dinheiro que pague este solzinho.

E isto, senhores da Troica, senhora Merkel, este clima, este céu azul, esta temperatura, ninguém, mas ninguém nos tira.

23.12.11

Natal é assim.


Lila

Prometemos gastar pouco e comprar menos, mas o que é certo é que acabamos sempre por comprar coisas a mais;

Prometemos não enviar aquelas mensagens super batidas, mas depois aparece uma super fofinha que nos derrete e enviamo-la aos contactos todos do telemóvel;

Juramos a pés juntos que não ouvimos as músicas lamechas de Natal e depois temos o "Last Christmas" a bombar a toda a hora, em casa e no carro;

Estamos fartos do "Sozinho em Casa" e do " Música no Coração", mas é ver-nos enrolados na mantinha do sofá, a rir ás gargalhadas com um e a lacrimejar com o outro;

Repetimos as mesmas conversas parvas, implicamos com os mesmos membros da família, criticamos os homens porque não ajudam com a compra  dos presentes, agradecemos a Deus por passarmos mais um Natal com eles nas nossas vidas;

Maldizemos o bolo rei por causa das frutas cristalizadas e depois comemos na mesma, mesmo que tenhamos que as tirar uma por uma da nossa fatia;

Damos por nós a espreitar o Natal dos Hospitais, depois de anos a levar com o programa na nossa infancia, só mesmo para ver se ainda é como era antigamente;

Criticamos o pessoal que se enfia nos centros comerciais até dia 24 ás 8 da noite, que deixam tudo para a ultima, que andam aos encontrões, mas vamos lá bater com os costados, nem que seja para comprar o ingrediente que falta para fazer a sobremesa da consoada;

Achamos pirosa a cena de estrear roupa no Dia de Natal, como fazíamos quando éramos crianças, mas compramos uma muda completa para os filhos, para o marido e um vestido para nós, que afinal de contas, parece mal não se estrear nada no almoço da sogra;

Dizemos que não queremos prenda nenhuma, que o Natal é das crianças, mas depois passamos o mês todo a mandar indirectas sempre que passamos em frente ás lojas de roupa, de óculos, de sapatos e de malas;

Não acreditamos no Pai Natal, mas fazemos depilação, esticamos os cabelo e arranjamos as unhas, não vá o raio do velho achar que mal arranjadas não temos direito a presente;

Comemos demasiado e voltamos mal dispostos para casa, rogamos pragas á nossa gula e passamos a noite ás voltas com a digestão, mas voltamos a comer como umas verdadeiras bestas no almoço do dia seguinte;

Partimos para a consoada com o raça dos barretes de Natal enfiados pela cabeça abaixo e fingimos surpresa quando vemos a família com bandoletes de hastes de renas e barretes com tranças;

Achamos que a magia do Natal é coisa dos pequeninos, mas ficamos com borboletas na barriga quando o dia está para chegar.

 

 

Natal é isto.

E é ter a família mais chegada toda junta.

É rir das mesmas coisas todos os anos.

É encher o coração com a alegria dos miúdos, com a excitação deles ao abrir os presentes.

E acima de tudo é ter a noção de que somos muito ricos, quando temos os nossos por perto, cheios de saude, cheios de paciência, cheios de amor para dar.

 

Feliz Natal a todos!

23.12.11

Tudo pronto.


Lila

Cabelo esticado.

Unhas pintadas de vermelho.

Prendas todas compradas e identificadas.

Compras de comida feitas.

Trabalho em pausa por uma semana.

 

Pai Natal, já podes vir!!!!!!!!

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