Não sei se falo primeiro da excelência do filme , ou do facto de termos estado praticamente dois meses sem termos posto o nosso rabo numa cadeira de cinema.
Até estou a tremer de emoção, só de pensar nisso.
Respira, respira.
Ok, o filme vale muito a pena e faz-nos pensar no sentido da vida.
E a mim, filha separada do pai há 13 anos, também me tocou particularmente. Porque por vezes as pessoas não entendem as nossas razões, mas elas são válidas e importantes, são mágoas difíceis de esquecer e apagar.
Este filme tem um tema assustadoramente actual e vale a pena pela história , pela fotografia, pelas imagens deslumbrantes de NY.
Ah e por ter uma actriz a quem fica maravilhosamente bem o cabelo curto.
Adoro ver mulheres a quem fica bem o cabelo curto.
Agora mudei a minha rotina de exercício fisico e acordo bastante cedo para fazer ginástica.
Em alguns dos dias da semana, faço uma caminhada, daquelas em que parece que um violador vem atrás de nós em alta velocidade.
E por incrivel que possa parecer, porque é as 7h10 da manhã, porque está muito frio a essa hora e porque ainda é de noite...
dá-me um gozo enorme!
O fresco a bater na cara, ver o Sol nascer, a calma que ainda reina nas ruas e avenidas da cidade, os passarinhso no parque, o autocarro que pára todos os dias na paragem do outro lado da minha rua e que tem como destino o bairro do "Ferro de engomar", o senhor que passa com a pasta na mão e com cara de sono, a senhora que cheira demasiado a um perfume barato...
Descobrir que existem hamburguers de soja e que são muito, mas muito bons. ( e de outra forma, nunca na vida ia prová-los, sequer)
O mau:
Andar permanentemente a ouvir na minha cabeça a canção "de olhos vermelhos, de pelo branquinho, dou saltos bem alto, eu sou um coelhinho", de tanta salada que como.
(e ter o frigorifico cheio de doces do aniversário do meu filho e não poder tocar em absolutamente NADA. Isso, sim, custa.)
Percebemos que temos clientes muito especiais quando recebemos uma mensagem que diz "Iupi, vou ser avó!!!!"
Talvez não compreendam, mas para nós, comerciais, marketing, what ever, ter nos clientes pessoas amigas, diz muito sobre a forma como somos profissionalmente.
E eu fico muito orgulhosa quando estas coisas me acontecem.
Porque foi importante para aquela pessoa, partilhar a felicidade comigo e não só os problemas que tem profissionalmente, com encomendas, com resultados de analises, com avarias, o que for.
É sinal de que, apesar de muitas vezes me apetecer mandar tudo para "o raio que os parta a todos", vale muito a pena trabalhar neste mercado.
Foi o que tive no texto que escrevi em espanhol, sobre o premio nobel da literatura. Voltei a escola primaria (espanhola). E agora ja tenho outro para escrever, que a professora Jane nao da folga...