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Contos sem nó

As minhas histórias

Contos sem nó

As minhas histórias

05.03.10

Semana dificil para o JA


Lila

Esta semana o meu filho foi presenteado com uma ida ao dentista e duas vacinas.

Foi dose.

No dentista, tratou uma pequena carie e levou a sua primeira anestesia. Portou-se muito bem! Eu ia-me atirando da cadeira abaixo quando vi a agulha, mas a dentista é absolutamente fantástica e ele não sentiu nada.

Nas vacinas, foi a segunda dose da gripe A e a segunda dos 5 anos (sarampo e rubéola).

Uma em cada braço, sem uma lágrima.

O pai também levou duas vacinas e estava a ver que se ia abaixo.

Daí ser injusto dizer que o meu filho se portou como um homem...

(hi, hi, hi)

04.03.10

Tradição


Lila

 Hoje cumprimos uma tradição desta família. Recebi um carro novo da empresa e por isso, fomos os 3 dar uma voltinha pela cidade, e jantamos fora.

O meu carro novo, apesar de ser uma autêntica banheira, voa baixinho.

 

03.03.10

só a mim!


Lila

 Hoje vamos dar inicio a uma maravilhosa rubrica, intitulada "Só a mim!".

São pedaços da minha vida quotidiana, coisas que não acontecem a mais ninguém.

Senão vejam...

 

Hoje fui para o Algarve.

Ao contrário de 99% dos portugueses quando vou ao Algarve, vou trabalhar. 

Detesto o Algarve para passar férias, principalmente em altura de férias.

Hoje a viagem foi invulgarmente penosa, porque chovia copiosamente.

A meio do percurso, reparei que tinha que por gasolina.

O carro alugado que tenho agora, tem um deposito muito pequeno e já por meia dúzia de vezes, quando dou por isso, estou a zeros.

Hoje, ainda tinha 40 km de reserva e decidi ir até á área de serviço da Galp, a outra área antes não aceita AMEX.

Lá fui.

Mas a  de repente, vi que ainda faltavam 20km e eu já não tinha nenhum no visor do carro.

Deu-me um arrepio, mas pensei que dava para chegar. A ver área de serviço a pouco mais de 1 km, o carro parou.

Encostei á berma e por uns segundos tentei raciocinar o que poderia ser mais viável. Ir a pé até á bomba., ou pedir ajuda.

Atrás de mim, estava por sorte, um telefone da Brisa. Chamei a assistência e voltei ao carro.

E quando me sento, vejo um carro á minha frente, na berma, a fazer marcha atrás na minha direcção. E só parou junto do meu. Tranquei a porta e fiquei a olhar. Ainda pensei que poderia ter-se dado a coincidência de ser alguém conhecido. Do carro saiu um senhor, novo, que me perguntou se queria ajuda. Disse-lhe que não, agradeci, a Brisa já vinha a caminho. Ele disse que me tinha visto ao telefone no posto de socorro e decidiu ajudar. Queria levar-me de boleia á bomba. Eu não quis, chovia e teria de regressar a pé, não fazia sentido.

No minuto seguinte já estava a descrever-me como tinha tido uma manhã complicada com o carro dele, que tinha tido um furo,  que trabalhava na banca.

E dois minutos depois, ali no meio da auto-estrada, sujeito a ser atropelado, já estava a deixar-me um cartão e a pedir-me o contacto, para me ligar depois.

Só para saber se tinha ficado tudo bem.

Despediu-se com um " já nos vemos ali na bomba".

O carro seguiu e eu olhei para o cartão. O homem é director de uma entidade prestigiada neste país.

 

E nas horas vagas tenta engatar miúdas na auto-estrada.

 

WTF?

 

Meia hora depois chegou o senhor da Brisa, doravante aqui chamado como o anjo da guarda.

O anjo da guarda ainda se fartou de rir com a minha cara de vergonha, ao dizer-lhe que isto era mesmo coisa de gaja, mas que eu conduzia há 17 anos e nunca tal me tinha acontecido.

Foi super simpático e salvou o meu dia. A troco de quase 30 euros.

Segui viagem com um olho nas costas, não fosse  tarado da banca estar na minha cola.

Mas depois pensei que não. Ainda devia estar a tentar fazer chamadas para o numero de telemóvel inventado que eu lhe dei.

Fónix, só a mim...

 

 

 

 

 

02.03.10

FDP


Lila

 Eu tenho vontade de matar, de esfrangalhar, de cortar os pulsos.

A fdp da minha máquina de lavar roupa está outra vez avariada. 

Pela terceira vez em pouco mais do que três meses, o raio da máquina está parada.

E começou a via sacra da roupa a caminho da máquina da pobre da minha sogra.

As coisas deviam facilitar-me a vida e não duplicar-me os problemas.

Vou dizer um monte de palavrões cabeludos e volto já, já.

 

E ainda oiço do técnico "Ah, esta máquina trabalha muito."

É o quê?

Então a máquina de lavar devia fazer o quê?

...

Vou partir a cara a alguém, não tarda um minuto.

 

02.03.10

tatuagem


Lila

 Desde que vi, no canal de TV interno do meu ginásio, a coordenadora da Training Academy tatuar o símbolo do ginásio em tamanho garrafal nas costas, fiquei com uma vontade irresistível de tatuar o logótipo da minha empresa no rabo.

É que ela tatuou o símbolo porque tem paixão pela empresa e eu não sou menos do que ninguém no que diz respeito a paixões pelo trabalho.

E para além do mais, acho que o logótipo ficava lindo no efeito mosaico que a celulite das minhas nádegas ia fazer.

 

02.03.10

saudades


Lila

 

Hoje, uma cliente disse-me assim "Estou a dizer-lhe isto como se fosse minha filha..."

E eu respondi "E eu agradeço, que já não tenho mãe...".

Mas na verdade, só não a tenho fisicamente.

A sua presença faz-se sentir nas mais diversas ocasiões, a ela vou buscar forças, calma, discernimento para tomar dicisões e acertar.

Sonho muitas vezes com ela, e o mais curioso, é que nunca sonho com ela doente.

Deve ser alguma espécie de defesa minha, nunca percebi bem o porquê.

Hoje as saudades instalaram-se em mim. Uns dias sinto-as mais do que outros.

E quando tenho saudades, olho para esta foto.

É uma das minhas preferidas, porque é muito fiel á pessoa que era.

E aquela pulseira, toda a vida a vi na minha mãe, em dias especiais.

Olho para o meu filho e reconheço nele as bochechas da avó.

Nem ele sabe o quanto me faz lembrar a sua avó Carmen.

 

Desculpem, hoje estou uma lamechas.

 

01.03.10

Porto


Lila

 Ás segundas tenho uma aula de total condicionamento com um professor brasileiro que é portista da cabeça á ponta dos pés.

Nos dias em que está bem disposto, grita ao microfone "Poooooorrrrrtoooooo" e só eu é que respondo ao repto.

Hoje, estava óbviamente de mau humor e por isso levámos uma tareia de aula, que me doem músculos que eu não sabia que tinha funcionais.

Á saída disse-lhe "olhe, para a próxima ponha os sportinguistas a fazer flexões á maluca, que eu não tenho culpa nenhuma..."

Ele sorriu. "Quando o Porto perde é assim. Tenho que descarregar."

Eu faço as aulas deste homem há dois anos e meio e adorava. Mas a continuar assim, e da forma como o nosso Porto vai este campeonato, tou aqui, tou a mudar de professor favorito.

Ou então não mudo e chego ao Verão a rebentar de boazona.

 

 

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