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Contos sem nó

As minhas histórias

Contos sem nó

As minhas histórias

01.01.10

Ah! Já podiam ter dito...


Lila

Eu ouvi que o mau tempo só durava até hoje.

E já me estava a imaginar a apanhar um solzinho amanhã e depois, sei lá, ir a uma esplanada ou coisa do género, sair sem galochas nos pés, poder esticar o cabelo sem ficar com uma carapinha 5 minutos depois, coisas assim.

Mas afinal vai chover.

E depois percebi que afinal, era o muito mau tempo que se previa até hoje. Agora continua só a chuva e vento, mas normais, ou seja, só mau tempo.

Já me podiam ter avisado. Assim não imaginava coisas para o fim de semana.

 

01.01.10

O sopro do coração


Lila

Quando o meu filho era bébé, e porque tinha lido algures que os bebés tinham saudades dos sons que ouviam constantemente quando ainda estavam dentro da barriga da mãe, punha muitas vezes o meu filho junto ao meu coração.

E ele acalmava, enquanto ali estava, de ouvido á escuta.

 

Há pouco, o meu bébé gigante fez uma birra feia, talvez por causa do sono, e foi posto de castigo no quarto, pelo pai.

De lá gritou pela mãe  e quando lá cheguei, estava num estado de nervos que só visto.

Encostou-se instantaneamente ao meu coração e ali ficou por alguns minutos, sentado ao meu colo, em silêncio.

A respiração a voltar ao normal, as lágrimas  a secar.

E lá veio pedir desculpa ao pai, arrependido pelo estrago.

Há coisas que nunca mudam.

 

 

 

01.01.10

2010


Lila

 

Pronto.

Já cá estamos.

E eu estou um bocado receosa, porque se aquilo que fazemos nos primeiros segundos do ano, se reflete no resto, eu vou andar a fugir a sete pés de fogo de artificio os restantes 364 dias que faltam.

 

É que ontem á noite, depois do nosso jantarinho a 3 cá em casa, fomos ver os meus cunhados a tocar na rua, inseridos nas comemorações da passagem de ano em Setúbal.

E á meia noite, o fogo, que devia ser junto ao rio, acabou por ser deslocado para junto da música, assim, logo ali, ao lado das pessoas.

Quando aquilo começou, foi ver-me a fugir do local, para um mais abrigado, que não me apetecia começar o ano com um foguete espetado no meio dos olhos, ou com o cabelo a arder.

O meu filho esteve sempre com as mãos nos ouvidos, cheio de medo ao colo do pai.

E quando acabou disse-me que preferia ver da varanda da nossa casa, como fazemos sempre.

Depois começou a actuar um grupo de música cubana, que animou o pessoal.

Nós vimos 3 músicas e tivemos que regressar á base, que o nosso filho não é definitivamente, uma criança da noite.

Nisso puxou á mãe.

E pronto, lá entrámos em 2010.

Desejos de muitas coisas boas para todos!

 

 

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