Alguêm devia ganhar uma medalha por ter inventado isto.
Trata-se de um frasco de removedor de verniz que tem uma esponja no interior. Insere-se o dedo lá dentro e mesmo o verniz mais escuro sai de uma só vez.
Acabaram-se os algodões cheios de acetona, que invariavelmente acabam por espalhar verniz até ao cotovelo.
Para tótos da cosmética como eu, isto é a maravilha da técnica, logo a seguir aos lençóis polares.
Os dias passam a correr, as semanas voam e nós nem damos por elas.
Agora entra Fevereiro, que apesar de albergar um evento que eu abomino, o Carnaval, tem dois outros que eu adoro, dia dos namorados e aniversário de casamento.
Já para não falar do aniversário de casamento da minha irmã e da minha mãe, assim como o aniversário da minha mãe, festejado com pompa e circunstância cada quatro anos, já que nasceu a 29, especial como só ela.
E já anoitece um pouco mais tarde, que como diz o ditado, Janeiro fora, uma hora.
(isso sim, dá animo a uma pessoa. Isto de anoitecer a meio da tarde dá-me cá uma neura...)
Se há coisa que eu adoro é viver no centro da cidade.
Precisar de ovos, descer e ter um minimercado ao fundo da rua.
Não ter dinheiro e ter dois multibancos á porta de casa.
Ter um jardim enorme como vizinho da frente e a baixa aos nossos pés, para fazer compras ou apenas passear.
Levar o JA á escola a pé.
É um tipo de conforto ao qual só se dá valor quando se viveu a vida toda num desterro, longe de tudo e de todos, dependente de transportes ou da boleia do pai.
Caramba, mal casei enfiei-me no centro de tudo e não quis mais sair de lá.
Dez anos depois do meu casamento, oito anos depois do casamento da minha afilhada, voltei á Penhalta para mais uma daquelas maravilhosas sessões de vestidos de noiva.
A minha irmã caçula já estava decidida e por isso foi fácil.
O vestido é muito lindo, fica-lhe bem e ela sente-se uma princesa com ele.
Estava já marcado e fazia parte do nosso plano maravilha "uma actividade por mês" no mais recente plano de amigas que estabelecemos para 2010.
A ideia foi da Tana e o nome deste post tambem.
Fizemos uma aula de maquilhagem para amigas na Elia Lé.
E foram duas horas e meia em que deixámos os problemas á porta do atelier maravilhosamente decorado, enquanto víamos aquela fada a modificar os nossos rostos apenas com pequenas doses de pó, lápis e pinceis, glosses e sombras (OK, talvez as doses não fossem assim tão pequenas...).
Fizémos todas as perguntas possiveis, rimos da cara uma da outra.
E observámos incrédulas, as maravilhas que a maquilhagem pode fazer por uma mulher.
Agora temos dois melhores amigos, o enrolador de pestanas e o corrector de olheiras. O pirmeiro porque faz magia em pestanas ridiculamente pequenas como as minhas, mesmo sem rimel. (Eu confesso que ainda tremo de medo antes de aplicar aquilo, mas o efeito é fantástico.)
O segundo porque cria um ponto de luz no rosto, absolutamente espantoso.
Acho que este foi o que mais impressionou a Tana, pela diferença que faz na luminosidade do rosto. Um pequeno apontamento e parecíamos outras pessoas.
Eu sei que saí de lá com vontade de ir a correr comprar todos aqueles pedacinhos de magia.
Primeira actividade, saldo muuuuito positivo.
Venham as proximas, que a malta precisa de se divertir.
O meu filho pede-me dia sim, dia sim para lhe traga o primo Pedro para brincar cá em casa.
Mas nem sempre há oportunidade, e vamos adiando.
Hoje, quando saí do trabalho fui buscar a minha mana e o meu sobrinho e fomos todos buscar o meu filhote ao infantário.
Que felicidade estampada no seu rosto quando viu o primo á porta!
A brincadeira começa logo ali, e arrasta-se pelas ruas da baixa, onde damos um passeio e depois em casa, até os obrigarmos a parar para jantar.
Acabámos de os deixar em casa agora e o meu filho adormeceu muito feliz, porque não há nada que lhe possamos dar que o deixe mais feliz do que estar com o seu primo.
E eu também matei as saudades da minha mana e pusemos todas as conversas em dia.