Há uma coisa que me tira do sério, e acredito que muitas mulheres partilham esta irritação.
Hoje ia a sair do elevador para ir para as danças de salão e cruzei-me com uma vizinha do prédio, que me presenteou com um maravilhoso "Ah, está mais gordinha!!!".
Eu não sei se estou ou não. Até me parece que não, mas não é isso que está em causa. O que me irrita é o facto de as pessoas terem coragem de dizer isso, mesmo quando não têm confiança para isso.
È que eu posso ver as minhas irmãs mais gordas e sou incapaz de lhes dizer isso. Ou seja, não digo nunca, seja a quem for, esteja ou não a ver um bisonte. Ninguém gosta de ouvir.
Hoje a seguir ao trabalho fui cortar a peruca. Mas inevitavelmente, quando vou ao cabeleireiro, a menos que estique o cabelo, acabo por sair de lá com uma peruca que não passo pelas portas. Nem parece que cortei, parece que colei mais cabelo, em cima do que já tinha. Isto porque as cabeleireiras não sabem secar caracóis.
Ou esticam, ou fica Marco Paulo. Não há meio termo.
Fónix.
(eu seco sempre ao natural, elas secam com difusor, que dá um volume do catano...)
Aprendi há pouco tempo que quando a expectativa que tenho em relação ás pessoas é muito baixa, sofro muitíssimo menos. Já não me dá para chorar nem para me descabelar.
Fico impávida e serena, demasiado serena.
Se já não esperamos grande coisa, mesmo que venha algo desagradável dalí, o impacto é menor.
É uma estratégia que passei a adoptar e que me tem feito ver que na maioria das vezes, a minha maneira de ser sonhadora e idealista, me tem trazido muitos amargos de boca.
Pensar que virá sempre o melhor, o mais bonito, o mais agradável, porque mereço assim e não diferente, que vivo num palácio e sou uma princesa, era bom, mas foi chão que já deu uvas.
Parece que já tenho idade para deixar de sonhar com mundos perfeitos, até porque já vivi demasiadas desilusões com os meus sonhos, até mesmo com os que pareciam reais.
Baixar a expectativa, não esperar nada, é sempre melhor. E quando digo das pessoas, digo das situações, dos acontecimentos.
Obviamente que também se perde um pouco no que se dá, há menos emotividade, fica-se menos espontâneo. Selecciona-se tudo o que se diz, e até o que se pensa.
Mas se em troca se chora menos e se aprende a viver de forma menos dramática, vale mesmo muito a pena.
Portugal Open, Danças de Salão- Uma vez mais tivemos oportunidade de ver os melhores bailarinos do mundo em danças de salão, clássicas e latinas.
È uma oportunidade de aprender e de assistir a um espectáculo fabuloso.
Ainda por cima entrámos para a área doa bailarinos (os nossos colegas da competição estavam á porta do pavilhão, é sempre bom ter conhecimentos...) e pudemos vê-los de perto.
Há carradas de base, a maior quantidade de base por metro quadrado das redondezas.
Aquela gente enche o corpo todo de base, parecem, uns bonecos...
No salão nos nos apercebemos, mas de perto... Jesus!