Eu não me lembro de tanta gente , nem mesmo quando fomos para Cabo Verde, ou para o Egipto pela Egiptair.
O embarque atrasou, exactamente por causa do número elevado de pessoas.
Ao iniciar a marcha, há um passageiro dentro do WC e temos que esperar que saia.
Estranho.
Encostei a cabeça á janela e de tão cansada destes dias, dormi.
E senti o avião finalmente a andar.
Mas de repente parou.
Abri os olhos e a porta estava aberta.
Estranho.
Minutos depois tivemos a informação de que havia um passageiro desordeiro a bordo.
O mesmo do WC.
Teoricamente embriagado. E a policia tinha que entrar no avião para o tirar.
Mas depois afinal não é um, mas 3 ou 4. E parecem 5 ou 6.
Todos a cair de bêbados.
Temos que esperar por reforços da polícia.
O desgraçado que entrou não consegue levar todos.
E depois a saga de encontrar as malas dos passageiros desordeiros que saíram, correndo o perigo de entre as malas que agora estão espalhadas na pista, uma ser a minha e ficar por aqui perdida. (medo)
As hospedeiras a gritar com os passageiros que começaram a tirar foros e a filmar. Porque é proibido e têm de apagar todos os registos.
Nisto tudo passaram quase duas horas.
Encontro uma cliente no meio desta confusão, que me abraça calorosamente e eu não sei dizer de onde é.
E eu sentada no raio do assento do avião a pensar que de certeza existe uma entidade reguladora do tráfego aéreo, tipo Deus dos aviões e tudo o que voa, que escolhe criteriosamente as pessoas que deve massacrar em cada voo que se realiza pelo mundo fora.. Tipo, um Deus em forma de avioneta, lá em cima no céu dos aeroportos, a pensar, deixa ver, quem é que eu vou chatear desta vez??? Esta? Aquela? A Outra? Naaaaaaaa…
Adivinhem quem é a feliz contemplada em todas as vezes?
Ter a possibilidade de jantar ou apenas tomar uma bebida num ambiente luxuoso, fashion, á media luz, com uma decoração fantástica e uma música ainda melhor.
Mas dentro de um cubo de gelo, com temperaturas negativas. (-5 a -20)
De Paris, posso dizer-vos que o tempo esteve sempre uma boa m****.
Que eu levei roupa de Verão (vestidos, calças brancas, mangas curtas, sandálias) e por isso passei frio.
Que a equipa da reunião foi bastante divertida. Que o meu colega Jean François continua a vestir as mesmas calças verde cueca de há mil anos atrás. Que os homens franceses têm um péssimo gosto para se vestir. Que não podem ver uma mulher diferente no refeitório que começam logo armados em parvos e a tentar falar em (mau) português para impressionar.
Que os franceses em geral deviam deixar de tentar falar outras línguas, para benefício mental do resto dos cidadãos da Europa.
Que os espanhóis tambem deviam fazer o mesmo, com o mesmo objectivo.
Que a única pessoa que falava bem inglês na reunião era o próprio inglês, mas o sotaque era tão cerrado que ninguém o percebia na mesma.
Que os hotéis em Paris não prestam e as pessoas no geral não são hospitaleiras.
Que a Torre Eifel está exactmente no mesmo sítio sítio.
Que o Sena continua a cheirar mal. Que para variar só tivemos tempo para relembrar alguma coisa da cidade á noite, porque de dia, estivemos sempre enterrados no escritório.
Que eu não percebo o que os franceses falam entre eles, porque falam demasiado depressa.
Que, como sempre, vou a imaginar que vai ser horrível, mas acabo sempre por me divertir, nem que seja um bocadinho.
Que a minha colega Sandrine é lindíssima, e inteligente e bem sucedida, mas não tem mamas. (E é justo…)
E disto tiramos o quê?
Que há coisas que nunca mudam e que não há bela sem senão.
Hoje morri a rir com uma mensagem da minha amiga Tana, que falava sobre como estão a correr os primeiros dias do novo bébé da casa e que assinava como Samantha Fox...
È que desta vez a mãe natureza favoreceu-a com dois garrafões de leite incorporados...e não está a ser fácil!
Aproveita amiga, enquanto dura!!!!
(isto nas palavras de uma mocinha que saiu ao pai...)
Hoje foi a festa de final de ano do infantário do JA.
Começou ás 11h e acabou quase ás duas da tarde, o que representou umas 3 horas de apresentação de actividades, musicas e teatro por parte da criançada.
O meu filhote portou-se muito bem, fez capoeira, ginástica, cantou duas canções e ainda figurou num teatrinho, vestido de chines.
Foi divertido, mas demsiado longo para todos, especialmente para os mais pequenos.
Seguiu-se um almoço convivio.
Como ainda visitámos a Tana e a minha irmã, para além de termos batido com os costados no supermercado, o JA está de rastos.
E nós tambem.
O importante a ressalvar é que esta Maria Madalena não chorou.
Hoje vou falar do mais recente Afonso das nossas vidas, o bébé Afonso!!!!
Finalmente, depois de ter passado dois dias na Figueira da Foz a trabalhar e a roer-me até aos cotovelos porque não podia ir a correr conhecê-lo, tive a oportunidade de, não só o ver pessoalmente, mas tambem tê-lo no colo e até, mudar-lhe uma fraldinha.
A parte do colo correu bem, esteve sempre a dormir, tipo, o colo da tia Lila é uma enooorme seca, mas a parte da fralda correu um pouquito pior. Mal o tentei limpar com o toalhete, pumba, destata num berreiro, que a casa ficou toda em sentido.
E como se não bastasse, ainda desatou a fazer cócó já com a fralda nova posta.
Bonito serviço o desta tia!!!
Bem, mas o que interessa é que é muito lindo, e a minha querida amiga Tana está optima, para quem acabou de parir há dois dias.
Sim, é que do primeiro para o segundo filho, para além do disparo de hormonas, tambem nos deve dar um disparo de Valium, já que a tenho achado perfeitamente tranquila e descontraida.
Infelizmente não pude estar com o meu afilhadinho, que tinha ido ver o Panda, mas ficará para uma proxima, até porque, tenciono estrafegar aquele Afonsinho mais vezes.
Enquanto isso, vou estrafegar os Afonsos cá de casa, que tambem, não desfazendo, são uns fofos.
E tanto os pais, como os avós estavam ansiosos com esse momento, receando a reacção do Tomás ao irmão.
O Tomás achou o máximo conhecer aquele pedacinho de gente e chegou mesmo a dizer que ele cheirava bem, o que não deixa de ser um fenomenal elogio entre irmãos.
Eu tenho duas irmãs e o meu marido tem 5 irmãos, o que nos torna absolutamente conhecedores das mecânicas associadas á integração nesta classe especial.
È fantástico ter um irmão. Mas também tem os seus dias, digamos, paranormais.
Eu sou filha do meio e por isso, já fui a nova na casa, e também já deixei de ser o biju da casa.
Lembro-me muito bem do dia em que nasceu a minha irmã Marisa. E também do dia em que a conheci.
Foi muito especial, tão especial que ainda hoje a minha mana mais nova é a minha menina, a minha protegida, o meu docinho.
As nossas memórias de irmãs são hilariantes, mas também englobam brigas fenomenais, brutais estaladas, gritos e insultos, enfim, tudo a que os irmãos têm direito...
Hoje, pelas 12h30, no Hospital de Santa Maria, nasceu o Afonso!
O irmãozinho mais novo do meu afilhado Tomás, o bébé da minha amiga, comadre e afilhada Tana.
E eu fiquei tão feliz por tudo ter corrido bem e por ter adorado ouvir a voz da minha amiga fresca e solta, como se tivesse acabado de sair da esplanada...que até chorei, enquanto conduzia o meu carro rumo a casa.
O milagre do nascimento, por muito que percebamos a mecanica da coisa, anatomica e cientificamente, tem sempre uma aura de mistério, de fora de série...
Como podemos de um momento para o outro conceber uma coisinha minuscula que se desenvolve e nasce num ser perfeito e pronto para a vida cá fora...
O Afonso é lindo!!!!!
Mesmo muito lindo.
Os meus parabens aos papás, ao mano, aos avós e tios babadissimos...