Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Contos sem nó

As minhas histórias

Contos sem nó

As minhas histórias

30.06.09

Então é assim?


Lila

Eu sempre me interroguei sobre o facto de a maioria dos homens ter desde cedo uma auto-estima mais acarinhada do que a maioria das mulheres.

Os homens mimam-se mais, não propriamente com massagens e banhos de lojas, mas em horas de lazer, a fazer coisas que gostam e que são só suas, sejam elas quais forem.

Por outro lado, há a relação de intimidade com as mães, que os protegem até ás ultimas consequencias, numa relação totalmente amorosa, livre das rivalidades típicas das mulheres e que também afecta a relação mãe-filha.

E é por isso que os homens chegam mais longe nas suas carreiras.

E não sofrem de depressões tão frequentemente.

E têm boas peles.

 

Hoje descobri que para além de atitude, há algo genético que condiciona este comportamento. Algo que não se ensina, que não se aprende.

Apenas passa de pais para filhos homens, de uma forma natural.

Senão vejam:

 

O meu filho deitado todo nú no sofá da sala, acabadinho de tomar banho:

Eu-" Filho, larga a pilinha! Então estás a mexer na pilinha?"

Ele, a fazer uma conchinha com a mão, como que a proteger um tesouro: "Mamã é o meu ourinho, é o meu ourinho..."

 

Caramba que paradigma de auto-estima...

 

29.06.09

São Pedro


Lila

Na minha adolescência, o dia de São Pedro era muito especial.

È o santo padroeiro da terra que sinto como minha, embora não tenha lá nascido.

A terra que me adoptou, onde estudei desde o ciclo até ao final do liceu, onde fiz os meus melhores amigos.

Neste dia era feriado, e ainda por cima, decorriam as festas da cidade.

Motivo suficiente para reunir a malta e ir passear, andar nos carrosséis e jantar uma bifana na feira.

Desses tempos guardo muitas memórias e entre elas, uma muito especial.

Devia ter uns 16 anos e fui ás festas com a minha amiga Carla. A casa dela ficava mesmo na avenida dos pescadores, a principal das festas e eu ficava lá  a dormir nesse dia.

Fomos passear na feira ao serão e encontrámos alguns amigos do liceu.

E nessa noite, já deitadas, fomos acordadas por uma serenata, feita pela minha paixoneta da altura. Foi completamente desajeitada, mas ao mesmo tempo, deliciosa, de tão atrapalhada.

Os pais da Carla fingiram que não deram por nada, apesar da risota instalada na casa.

Já não dormimos nada e houve conversa para a noite toda...

 

28.06.09

Domingos de Verão


Lila

Adoro os domingos de verão na praia, em que enchemos  corpo e alma de sol e de mar.

Dos passeios ao fim da tarde, com o sol já baixinho que nos acaricia a pele.

Mas também gosto destes domingos de chuva despropositada, que nos permitem ficar por aí,  de repente sem planos, tomar um café com uma amiga numa esplanada vazia e calma, almoçar demoradamente no restaurante onde só vamos de Inverno, e passar a tarde  na cama contigo, de corpos colados, enquanto a nossa pipoquita dorme a sesta.

28.06.09

Abadá Capoeira


Lila

capoeira

 

O meu filhote recebeu ontem a sua corda laranja, na festa de baptizado e troca de cordas da Abadá Capoeira.

Foi uma festa muito bonita, cheia de musica e alegria.

Quando lá chegámos, com ele já vestido para o evento, ao entrar no recinto, dei-lhe um beijo de boa sorte e senti-o nervoso.

O pavilhão estava cheio e fiquei com medo que ele bloqueasse.

Mas não!

Fizeram uma apresentação em conjunto (tudo muito simples, mas com a graça imensa de quem tem 4 anos!!!!), o JA entrou em palco e procurou os pais na audiência.

Quando nos achou, sorriu e concentrou-se.

Foi tão bonito!

Depois deu-se a cerimónia da entrega da corda, com a cor respectiva de cada ano (o meu filho começou com 3 anos, este é já o seu segundo ano de prática da modalidade).

E já com a corda, os instrutores dão-lhes a mão e trazem-nos para o meio da roda, onde iniciam uma "luta" com cada um deles.

O JA foi para o meio da roda 3 vezes, com 3 instrutores diferentes e portou-se muito bem!

Eu chorei como uma Madalena.

E ao ver os adultos nas demonstrações que fizeram, fiquei a pensar que se ele segue nisto, ainda vou ter muito que chorar e que me preocupar.

E que há cada movimento mais perigoso...

E pronto, lá seguimos para casa, com o JA muito orgulhoso da sua corda. Eu disse-lhe tantas vezes que ele tinha sido muito bom, que a dada altura, ele já me dizia:

"mãe, já me disseste isso...".

Não custa nada por o ego de uma crinça nos pincaros...

 

26.06.09

Adeus ao rei da pop


Lila

Michael Jackson in 1984

 

Gostássemos mais ou menos, não há duvida de que marcou a nossa geração.

Eu ainda me lembro do medo que eu tinha quando via o fantástico videoclip do Thriller...

Adorava vê-lo dançar e admirava a sua capacidade de inovação nas coreografias.

Marcou uma época, uma geração e muitas vidas.

 

 

 

25.06.09

Quem mexeu no meu queijo?


Lila

A minha empregada é um caso de psiquiatria grave.

Está connosco há 9 anos.

Super séria, mas demasiado á vontade na nossa casa.

Entra á hora que quer, sai á hora que quer, altera os dias da limpeza acordados e (vá lá avisa-me!) manda-me uma mensagem a informar, sobre a alteração, não a pedir se pode alterar.

No Natal, tive férias e como ela muda os dias da limpeza com a periodicidade com que eu mudo de cuecas (e eu sou uma gaja bem limpinha e e lavadinha, acreditem...), mandei-lhe uma mensagem a dizer que viesse de tarde e não de manhã, que eu não a podia ter cá cedo.

Isto com o propósito de poder dormir até mais tarde, sem levar com a mulher cá em casa.

A senhora ignorou e enviou-me uma mensagem a dizer que vinha de manhã.

E eu voltei a dizer-lhe que não vinha, que vinha de tarde.

No dia da limpeza, ás 9h da manhã, a peça estava á porta, a tentar entrar.

Mas a minha chave estava por dentro e por isso vai de tocar á campainha.

Depois de mil vezes, abri-lhe a porta e dei-lhe dois berros.

Que não tinha recebido as mensagens, que voltava mais tarde.

Desde esse dia, que eu ando atravessada.

E apetecia-me mandá-la embora, apesar de saber que ela precisa de trabalhar e que tem uma filha para sustentar.

Esta semana detectei mais um caso digno de nota.

A senhora come cá em casa, apesar de não estar o dia todo, apenas duas manhãs por semana.

Ainda assim, come uma sandes, sopa, iogurte, enfim, coisas rápidas para ir para outra casa.

E isso não me faz impressão, ou não faria se, para o  fazer, as embalagens das melhores bolachas, dos melhores doces, dos melhores sumos, dos melhores queijos, não fossem abertas e devoradas.

Eu já tinha dado por isso e nunca disse nada, nunca foi nada gritante, se bem que me danava que abrisse as embalagens de coisas novas, quando existem outras equivalentes abertas, provavelmente demasiado reles para o seu gosto requintado.

Esta semana, quando cheguei de férias tive que correr para o supermercado, não tinha nada comestível em casa.

E , entre outras coisas, comprei um queijo de Azeitão, queijo fatiado, e um queijo flamengo.

Éstes últimos já estavam abertos quando a empregada esteve cá em casa.

Mas, adivinhem que queijo comeu, seguramente metade, ainda apor cima cortou-o ao meio, quando é um queijo amanteigado que se come com uma colher...?

Esse mesmo, o de Azeitão. Que é um queijo caro, que eu compro uma vez quando o rei faz anos, e que  sei que ela não compra na casa dela. Porque não pode, seguramente.

Aqui fica o  dilema: ficar aborrecida por ver o queijo que comprei para a minha família ser comido pela minha empregada, e  sentir -me culpada por ficar aborrecida quando a mulher não o pode comer na sua casa.

È uma questão de principio, certo?

Eu não faria isso na casa da minha irmã, nem da minha sogra, nem da minha melhor amiga.

E sei que podia faze-lo, mas não faço, por princípio, por educação.

È isso que me dana.

 

 

 

 

25.06.09

Update notícioso sobre a minha garganta


Lila

Depois de me ter encharcado outra vez em drogas e de só ter conseguido comer uma sopa (pois, uma dietinha forçada desde há 2 dias, bem bom!!!!), deitei-me no sofá um bocadito febril.

E depois de uma hora, tive a menor dor desde há dois dias.

Ou seja, dói-me um pouco menos do que o habitual e por isso decidi comer umas bolachinhas com queijo, para celebrar o evento.

è que isto de não conseguir comer sólidos faz cá uma fome!!!!

 

25.06.09

Sobre as vezes que se engole saliva...


Lila

Na terça-feira dei formação das 10h da manhã ás 8h da noite, num gabinete gelado.

Eu não sentia os pés, nem as pernas (ainda por cima estava de saias), a minha garganta já picava, as mãos geladas.

Saí de lá meio doente, e durante a noite fiquei com imensas dores de garganta..

Há dois dias que estou encharcada em medicamentos, e há dois dias que não consigo engolir.

Tenho uma bola no pescoço, tal é a inflamação, dói-me o corpo, estou febril.

Como tomo anti-inflamatórios, há alturas do dia em que me sinto minimamente melhor, mas á medida que a noite chega, as dores agravam-se,

Ando com dois sacos de medicamentos atrás de mim e não melhorei nada.

De cada vez que engulo saliva, agarro-me á garganta, como se aliviasse alguma coisa...E dou por mim a pensar no numero de vezes por dia que engolimos a nossa saliva.

São demasiadas. Demasiadas.

Pág. 1/2