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Contos sem nó

As minhas histórias

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12.05.10

Voltei


Lila

Voltei.

E desta vez o regresso soube-me duplamente bem.

Esta viagem divide-se me duas partes: o fim de semana em Roma, que foi fantástico e absolutamente romântico.

E a reunião nos dois últimos dias, na qual fiz duas apresentações, que correram bem.

 

Do fim de semana:

Roma é uma cidade maravilhosa.

Lugares fantásticos para visitar, comida excelente.

Chegámos sexta á noite e logo nesse dia iniciámo-nos no percorrer das ruas e ruelas, cheias de surpresas a cada virar de esquina.

Deve ser absolutamente impossível viver aborrecido nesta cidade.

Pela primeira vez viajámos sem o nosso becas.

Confesso que as saudades foram mais do que muitas.

Eu, mais do que o pai, passava o tempo a achar que ele gostava de ter visto isto e aquilo, que gostava de ter comido aquela comida, que tinha apreciado aquele calhau em especifico…

E dou comigo a pensar que quando viajo em trabalho, não me faz tanta confusão estar sem ele.

A passear, é o sentimento de culpa que me consome, tipo, “ele podia estar aqui e não está porque  fomos egoístas e não o  levamos.

E depois vem a outra parte da minha cabeça que me diz, que depois de 5 anos a viajar sempre com ele ( e, verdade se diga, por estar habituado, é um companheirão de viagem!), também merecemos um tempo só para nós. E foi assim que consegui aproveitar muito bem o fim de semana.

No Sábado, madrugámos para poder ver o Vaticano.

E nessa manhã, dividida entre a Basílica de São Pedro e o Museu do Vaticano, que alberga a maravilhosa Capela Sistina, sentimo-nos verdadeiramente abençoados por poder estar ali e encher os nossos sentidos de coisas tão bonitas.

À tarde, fomos ao Coliseu, ao Fórum Romano, á Plaza Navona e Fonte di Trevi.

Ao final do dia, já tínhamos tantas dores nos pés, que só nos conseguíamos rir, de tão ridículos que nos sentíamos.

Tínhamos andado 12 horas.

No Domingo começámos a jornada mais tarde, que as nossas pernas já não têm 20 anos…

E no caminho para o Panteão, bebemos o melhor cappucino do mundo!!!!

 

 

O panteão também nos encheu as medidas, por causa do seu óculo a céu aberto que enche o espaço de luz natural e quando de chove, também de água.

 

Seguiu-se Plaza de Spagna, uma tentativa falhada de ver a Galeria Bologne, Igrejas e mais igrejas, a famosa loba…

Durante a tarde, comemos seguramente o melhor gelado do Universo. De comer e chorar por mais, meu Deus!

 

Foi realmente excelente e até o tempo ajudou, os dias estavam muito bonitos.

(as minhas pernas recuperaram a tempo da reunião, estava em risco de parecer paralítica)

 

Da reunião:

 

Na segunda o A. passou 12 horas a tentar regressar a casa, perdeu um dia de trabalho e eu ia tendo uma apoplexia nervosa, sem saber se ele chegava  ou não.

Do escritório em Roma, as secretárias tentavam ajudar-nos ligando para as agências, arranjando alternativas, enfim, do conjunto dos esforços de várias pessoas, ele conseguiu regressar.

Morto de cansaço, mas regressou para poder encher as bochechas do nosso filho de beijos e fazer-me muita inveja…

 

O grupo de trabalho que integro na Europa é realmente especial.

Dou por mim a gostar de estar com eles, a divertir-me enquanto trabalho e quase esqueço as horas que passei a queimar neurónios para preparar as apresentações que temos que fazer lá, representando os nossos países.

Agora o meu trabalho é duplo, uma vez que levo na bagagem Espanha e Portugal.

Mas vale muito a pena, pela troca de experiências e pelo espírito de equipa que se cria.

Vamos voltar a estar todos junto no final de Junho, em Berlim e novamente em Setembro, para outra reunião, possivelmente em Viena.

 

O ultimo dia foi passado também com nervos, sempre sem saber se o aeroporto em Lisboa estava fechado ou não, o que podia impedir o meu regresso.

A esperança era muita, o Papa estava a ir á minha frente, para abrir caminho e se há pessoa com influência junto D`Ele, é este senhor.

 

Absoluta confusão no aeroporto em Roma, funcionários da TAP muito mal- educados e ineficientes.

Voo atrasado e muito povo á minha volta enquanto escrevia estas linhas.

 

O meu regresso tem um duplo sabor, a doce recordação do namoro deste fim de semana e ter regressado no dia planeado, agora que esta maldita nuvem de cinzas assola a nossa tranquilidade sempre que se viaja.

(Sim, porque mais um dia sem estrafegar o meu filho, poderia ter consequências imprevisíveis…)

 

 

 

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